Política

Maioria dos baianos quer saída de Bolsonaro

A pesquisa ouviu, por telefone, 3.300 pessoas em 174 cidades da Bahia, de 22 a 24 de junho, dividida em dois cenários: Salvador e Bahia.

Mais da metade dos baianos acham que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve deixar o cargo. É o que mostra a sexta e última rodada da pesquisa promovida pelo Grupo A TARDE em parceria com o instituto Data Poder 360, núcleo de pesquisa do jornal digital Poder 360.

O número se manteve estável, mesmo com o escândalo político da prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, em um sítio de propriedade do ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

Arte: Ag. A TARDE
Arte: Ag. A TARDE

A pesquisa ouviu, por telefone, 3.300 pessoas em 174 cidades da Bahia, de 22 a 24 de junho, dividida em dois cenários: Salvador e Bahia. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para Salvador 2 pontos no estado, com intervalo de confiança de 95%. Sessenta e cinco por cento dos entrevistados na capital afirmaram que o presidente da República deveria deixar o cargo.

O número dos que pedem a manutenção de Bolsonaro à frente da nação ficou em 26%, índice igual ao de Salvador. No estado, os que não querem que o presidente continue comandando o país são 59%. O número dos que pedem a saída do presidente dialoga com aqueles que avaliam o seu governo como ruim e péssimo: 65%% dos consultados em Salvador e 59% no estado. A taxa dos que consideram o governo Bolsonaro bom e ótimo em Salvador e no interior do estado ficou dentro da margem de erro, sendo 26% na capital e 27% no estado.

Questionados se a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, poderia trazer implicações para Jair Bolsonaro, o número dos que acreditam que sim foi maior em Salvador do que no interior do estado: 62% contra 54% dos consultados.

“Parece que o eleitorado bolsonarista, digamos, mais orgânico, começa a questionar, com o caso Queiroz, o discurso anti-sistema, anti-corrupção de Bolsonaro. Porque ele acaba, enfim, enxergando que Bolsonaro está no meio desta lambança. Eu acho que o caso Queiroz se apresenta agora como um marco importante, no mínimo, deste questionamento do eleitorado de Bolsonaro quanto a sua posição e com a sua idoneidade, digamos assim”, avalia a professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e cientista política Carla Galvão.

Arte: Ag. A TARDE
Arte: Ag. A TARDE

Auxílio emergencial

A pesquisa questionou os entrevistados sobre o uso que eles têm feito do auxílio emergencial, programa do governo federal que repassa o valor mensal de R$ 600 para os brasileiros afetados pela pandemia do novo coronavírus. A lei que estabeleceu o auxílio emergencial ficou prazo de três meses que vence em julho, mas prevê a possibilidade de prorrogação.

A maioria esmagadora ouvida pela pesquisa defendeu a manutenção do benefício: 85% em Salvador e 89% no estado. Entre o público alvo do auxílio emergencial estão pessoas desempregadas ou sem renda fixa. A pesquisa mostrou que esse é o perfil dos atuais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, pessoas com renda de até dois salários mínimos e com ensino fundamental.

O cientista político Rodolfo Costa Pinto, coordenador do DataPoder360, acredita que uma eventual redução no valor do auxílio tende a provocar um aumento no nível de rejeição do presidente. “Tudo indica que a economia ainda vai demorar muito tempo para voltar ao patamar pré-pandemia e o auxílio está ajudando as pessoas nesse meio tempo”, avalia ele.

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A Tarde/Foto: Marcello Casal Jr.

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