Xi Jinping diz que enviará representante à Ucrânia para negociar a paz
Presidente da China conversou por telefone com Zelensky, líder da Ucrânia. Xi Jinping recebeu Lula e Macron em Pequim este mês.
Pela primeira vez desde o início da guerra, o presidente da China, Xi Jinping, conversou com o líder ucraniano Volodomyr Zelensky por telefone, nesta quarta-feira (26/4). Após a ligação, o governo chinês anunciou que enviará um representante oficial para iniciar negociações de paz, na tentativa de encontrar uma solução política para o conflito com a Rússia.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (26/4), pela ministra-assistente do Exterior, Hua Chunying. De acordo com a porta-voz do governo chinês, Xi defendeu que “na crise da Ucrânia, a China sempre esteve do lado paz” e sua “postura central é facilitar as negociações”.
“A China enviará o Representante Especial do Governo Chinês para Assuntos da Eurásia à Ucrânia e outros países para ter uma comunicação profunda com todas as partes sobre a solução política da crise na Ucrânia”, prosseguiu a ministra.
Chunying acrescentou que “a China não criou a crise na Ucrânia, nem é parte da crise. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e grande país responsável, não ficaria de braços cruzados nem colocaria gasolina no fogo, muito menos exploraria a situação para ganhos próprios”.
O diálogo entre os dois líderes era aguardado desde que o governo chinês apresentou o documento “Posição sobre a Solução Política da Crise na Ucrânia”, em 24 de fevereiro, com uma lista de sugestões para a resolução do conflito.
O texto foi recebido positivamente pela Rússia e pela Ucrânia. No entanto, rejeitado pelos Estados Unidos (EUA) e países europeus.
Resolução política do conflito
A proposta da criação de um grupo com objetivo de mediar negociações de paz no Leste Europeu é incentivada por líderes de diversos países. Entre eles, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em visita à China, o petista defendeu a proposta, e ecoou os discursos em outras viagens oficiais ao estrangeiro, como a mais recente, a Portugual e Espanha.
Além do mandatário brasileiro, Xi Jinping recebeu em Pequim o presidente da França, Emmanuel Macron, na última semana. Ao longo do conflito, o posicionamento do governo chinês é apontado como dúbio, ora defendendo argumentos de Putin para a invasão, ora enviando ajuda humanitária às vítimas na Ucrânia.
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