Países do bloco sinalizam que petróleo e gás russos devem ser próximos alvos de restrições.
A União Europeia “já está discutindo um sexto pacote de sanções” em um esforço “para manter a pressão crescente sobre a Rússia para parar a guerra”, disse o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, nesta segunda-feira (11).
“Do lado dinamarquês, estaremos dispostos a ir o mais longe que pudermos para encontrar um consenso sobre sanções, inclusive sobre energia”, disse ele a repórteres ao chegar para uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Luxemburgo.
Gabrielius Landsbergis, o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, disse estar “feliz que a Comissão Europeia tenha deixado muito claro que estamos começando a trabalhar em seis pacotes com opções de petróleo”.
“E espero que desta vez funcione.”
Questionado sobre o que mais é necessário da UE, Landsbergis disse que era “melhor ir a Kiev, ir a Irpin, ir a Bucha e ver por si mesmo por que precisamos impor as sanções”.
Alguns antecedentes: a Europa impôs sanções punitivas à economia da Rússia depois que os tanques de Putin entraram na Ucrânia no final de fevereiro, mas não atingiram o setor de energia da Rússia.
Porém, imagens de civis desarmados, amarrados e baleados, deitados ao longo das estradas de Bucha – uma cidade que estava até recentemente sob ocupação russa – parecem ter convencido os líderes a mudar de rumo.
O petróleo e o gás da Rússia podem ser o próximo alvo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse aos legisladores da UE na semana passada que a quinta rodada de sanções “não será a última”.
“Sim, agora proibimos o carvão, mas agora temos que investigar o petróleo”, disse ela.
O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, disse que a UE precisava adotar uma “abordagem maximalista das sanções para oferecer o mais forte impedimento possível à continuação dessa guerra e brutalidade”.
A opinião do governo irlandês é de que novas sanções devem incluir o petróleo, disse ele.
Crimes de guerra investigados: O Alto Representante da União Europeia, Joseph Borell, confirmou que os Ministros das Relações Exteriores europeus também discutirão como melhor apoiar o Tribunal Penal Internacional na investigação de crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
A Rússia nega que tenha feito ataques a civis e atribui os ataques e sua divulgação a forças ucranianas como propaganda contra os russos.
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CNN Brasil/Rreuters/Yves Herman