Tráfego injustificado de pessoas nas ruas de Jaguaquara preocupa o MP, que pede isolamento

É grande o número de pessoas nas ruas.

Em Jaguaquara, cidade com o maior número de habitantes do território de identidade Vale do Jiquiriçá, as autoridades locais se dizem preocupadas e com dificuldades para controlar aglomerações em meio às ações de combate ao coronavírus.

A Prefeitura já baixou dois decretos que impõem medidas restritivas na cidade, sobretudo o fechamento de estabelecimentos comerciais. O novo decreto, de Nº 049, até que flexibiliza o comércio, mas mantém a maior parte dos estabelecimentos fechada, sendo autorizados para o funcionamento apenas os que são considerados de serviços essenciais.

Contudo, os comentários nas ruas são de que a Prefeitura, apesar do decreto que fecha o comércio não desenvolveu ações suficientes de restringir o tráfego injustificado de pessoas nas vias públicas, não realizando barreiras sanitárias, o que vem ocorrendo em outras cidades e não promovendo nenhuma campanha de conscientização aos caminhoneiros, em face ao grande número de caminhões que adentram diariamente no município margeado por duas rodovias federas, BRs 420 e 116 e que é considerado o maior centro de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, inclusive sediando o Mercado do Produtor – Ceasa, que segue funcionando.

Em semana de pagamento de benefícios previdenciários, as filas de pessoas formando aglomerações em correspondentes bancários e agências bancárias da cidade são perceptíveis, chamando a atenção da Polícia Militar, que tem atuado para tentar evitar aglomerações como forma de prevenção ao Covid-19.

O promotor de Justiça, titular da Comarca local, Lúcio Meira Mendes, tem demonstrado preocupação diante do número de pessoas circulando nas ruas e vem fazendo apelo durante entrevistas a emissoras de rádio de Jaguaquara para que os munícipes se conscientizem da importância do isolamento social no momento, citando como exemplo o erro do prefeito de Milão, na Itália, o Giuseppe Sala, que apoiou a campanha ”Milão não para”, que pedia que a cidade não paralisasse suas atividades no início da pandemia de coronavírus e posteriormente centenas de italianos morreram infectados.

Em entrevista nesta semana, o representante do Ministério Público, que chegou a se reunir com prefeitos do Vale, sugerindo medidas a serem adotadas para conter a proliferação da doença, disse ter consciência de que um grande número de pessoas depende da economia informal para sobreviver em Jaguaquara e outros municípios da região, que o coronavírus paralisou a vida social e impôs uma rígida política de quarentena nas cidades, mas que a prioridade é a vida, classificando o isolamento como principal alternativa de prevenção.

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Blog Marcos Frahm/ Foto: Blog Marcos Frahm

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