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Terceiro dia de buscas por idoso que teve casa soterrada é encerrado em Amargosa

No último sábado, o prefeito decretou situação de emergência em Amargosa. Júlio Pinheiro disse que diversas comunidades da zona rural estão ilhadas, com estradas danificadas.

O terceiro dia de buscas pelo idoso que teve a casa soterrada em Ribeirão dos Caldeirões, zona rural de Amargosa, foi encerrado no final da tarde desta segunda-feira (13). Gildásio Ribeiro, de 89 anos, é marido de Elita Pereira, de 80, e pai de Eliana Pereira, de 40, que foram encontradas mortas no domingo (12).

Segundo a Prefeitura de Amaragosa, o corpo de Gildásio ainda não foi encontrado. As buscas foi encerrada por volta das 17h30 e equipes da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros vão retomar as atividades na terça-feira (14).

A casa da família foi atingida por um deslizamento, na madrugada do último sábado (11), após uma forte chuva atingir a cidade.

Os corpos de Elita e Eliana foram removidos com o auxílio de agentes da Guarda Civil Municipal, além de servidores da Secretaria de Infraestrutura, e levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

No último sábado, o prefeito decretou situação de emergência em Amargosa. Júlio Pinheiro disse que diversas comunidades da zona rural estão ilhadas, com estradas danificadas.

“De acordo com dados que recebemos, choveu 200 mm em apenas quatro horas. O acumulado de chuvas entre novembro e dezembro é já representa o maior volume de chuva dos últimos 50 anos em Amargosa. Estamos desde cedo nas ruas trabalhando na busca das pessoas em situação de risco. Estamos acolhendo os desabrigados nas escolas municipais”, disse o prefeito ao g1.

A situação de calamidade por causa das chuvas no sul e extremo sul da Bahia começou na última semana. O temporal que atinge as regiões é causado pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é uma faixa de nuvens que se estende desde o sul da região amazônica até a região central do Atlântico Sul.

Moradores relatam estragos
Um morador identificado como Vavá mostrou, nesta segunda-feira, como a casa do filho ficou destruída após as fortes chuvas.

“Isso aqui parecia um mar. [Não deu para recuperar] nada. Acabou com tudo”.
“[Meu filho] está lá no abrigo agora, chorando, com medo de perder o trabalho dele, que ele trabalha em uma padaria”, relatou.

Um outro morador identificado pelo prenome de José detalhou o momento de aflição quando a casa dele começar a alagar.

“Choveu, eu estava em casa, a chuva começou a arrochar (sic) e eu não botei fé. Achei que seria uma chuva rápida, que iria embora. Cada vez mais ela foi aumentando. Só consegui pegar dois pares de roupas. A água chegou até meu ombro”, disse.

“Não pude sair pela frente [da casa], porque na estava tudo alagado. Tive que sair pelo fundo. Perdi tudo. [Minha casa] caiu toda, está condenada”, complementou.

José ficou feliz de ter conseguido sair do imóvel, no entanto, afirmou estar abatido com a situação.

“O mais importante é minha vida, mas eu estou muito abatido”, finalizou.

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G1 Bahia/Foto: Muller Nunes/TV Bahia

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