Sete estados prorrogam decretos de calamidade por conta do coronavírus e pressionam Bolsonaro a fazer o mesmo
O governo federal discute e alega não ter espaço fiscal para ampliar despesas em 2021.
Sete estados e o Distrito Federal decretaram a prorrogação até o fim de junho do estado de calamidade em razão do agravamento da crise sanitária provocada pela Covid-19, segundo apurou a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
MG, PE, PI, PR, RR, RO e TO já prorrogaram o status que permite o aumento de gastos com pessoal e a realocação de verba de outras áreas para o combate à pandemia.
Enquanto o governo federal discute e alega não ter espaço fiscal para ampliar despesas em 2021, os governadores pressionam Bolsonaro para ampliar o decreto de calamidade pública no país, aumentando assim o espaço para manobras fiscais e financeiras no governo federal, que hoje é limitado pelo teto de gasto e pela regra de ouro.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT-PI), declarou à Folha que a tendência é que mais estados renovem a calamidade por necessidade. Governadores querem que a União também prorrogue, para viabilizar a extensão de auxílios, como o emergencial. Segundo a coluna, estados do nordeste, como Pernambuco e Bahia, temem os efeitos negativos que a falta do Carnaval trará às suas economias em 2021.
Dias, que lidera os governadores no tema Covid, participou de conversas com o governo federal nesta terça (29) e diz que a avaliação que está sendo feita é se a prorrogação, caso ocorra, deve durar três ou seis meses, com revisões mensais. A Economia tem emitido sinais de que é contra.
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