Ele citou que, neste período, o governo da Bahia construiu 16 hospitais em várias regiões do Estado e investiu milhões no setor, enquanto o governo federal não fez nenhuma unidade.
Em Itapetinga, neste domingo (29/5), para a edição do Programa de Governo Participativo, PGP do Médio Sudoeste, o senador Otto Alencar (PSD-BA), defendeu o fim dos seguidos cortes promovidos pelo governo federal no orçamento da saúde pública, mais investimentos na área, em hospitais filantrópicos e o reajuste na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Otto Alencar, pré-candidato à reeleição – ele esteve na Região do Médio Sudoeste participando da Caravana Mais Bahia, com os pré-candidatos a governador Jerônimo Rodrigues (PT) e a vice-governador Geraldo Júnior (MDB) -, os cortes ameaçam o fechamento de unidades hospitalares essenciais para o atendimento da população pobre da Bahia e do Brasil que depende do SUS, caso do Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce.
Há 60 dias, o hospital recebeu a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro, que prometeu socorro financeiro. Os recursos ainda não chegaram. ”De 1975 a 1986 trabalhei com uma pessoa que me deu um sentimento muito grande de caridade e solidariedade, trabalhei com Irmã Dulce, quando ela estava viva. Secretário de Saúde da Bahia ajudei a transformar o hospital. É de cortar o coração saber que o Hospital Santo Antônio pode ser fechado, como me disse sua sobrinha Maria Rita, porque o socorro não chega”, revelou.
Saúde relegada – Para Otto Alencar, a saúde pública no Brasil está relegada pelo governo federal, desde 2016. “Só não ficou relegada na pandemia porque criamos a CPI da Covid no Senado Federal e exigimos garantir vacina no braço para os baianos e brasileiros”, ressaltou.
Ele citou que, neste período, o governo da Bahia construiu 16 hospitais em várias regiões do Estado e investiu milhões no setor, enquanto o governo federal não fez nenhuma unidade.
Neste ano, os cortes do governo federal no orçamento da saúde foram de mais de R$ 40 bilhões. Nas universidades públicas, de R$ 3 bilhões. ”Cortar recursos da saúde e da educação é um absurdo. Exatamente em um momento que o SUS tem de lidar com uma demanda regular de doenças, demanda reprimida dos anos da pandemia e necessidades adicionais da Covid-19”, salientou.
Tabela SUS – De acordo com o senador, é grave também o não reajuste na tabela de serviços do SUS. ”Há cinco anos não se reajusta o valor dos serviços, um parto, uma cirurgia, um exame, um procedimento cirúrgico. Uma consulta paga pelo SUS é R$ 10,00. É muito pouco. O governo teima em não reajustar os serviços das Santas Casas e outros hospitais filantrópicos que prestam serviços pelo SUS”, afirmou.
Chuvas– Os recursos federais para as prefeituras das cidades baianas atingidas pelas chuvas, em janeiro deste ano, também não chegaram e a agricultura familiar só conta com incentivos do Governo do Estado da Bahia. ”O governo do Estado investiu R$ 2,5 bilhões”, afirmou. Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Otto Alencar tem denunciado constantemente o cerco e discriminação do governo federal ao Estado da Bahia.
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