Documento foi divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – CIEVS – da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia emitiu para os municípios, nesta terça-feira (23), um comunicado de risco com assunto “emergência zoossanitária” por causa da gripe aviária.
O documento foi divulgado após o Ministério da Agricultura e Pecuária declarar estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, por 180 dias, por causa da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil.
Em nota, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) informou que monitora a situação em colaboração com as entidades ligadas ao setor e órgãos sanitários do estado.
Entre as recomendações expostas no comunicado estão:
- Intensificação da vigilância de epizootia em aves silvestres e domésticas e de Síndrome gripal e síndrome gripal aguda grave em pessoas expostas a esses animais.
- Ações de educação e mobilização social para que não sejam recolhidas as aves que forem encontradas doentes ou mortas, sendo acionado o serviço veterinário mais próximo.
Emergência zoossanitária por 180 dias
Segundo o Ministério da Agricultura, até agora, oito casos de H5N1 foram confirmados em aves no Brasil, sendo sete no Espírito Santo e um no Rio de Janeiro. Todos os casos envolvem aves silvestres migratórias. Não há diagnósticos da doença entre humanos ou em aves para consumo.
O que significa estado emergência zoossanitária?
- Esse estado é declarado sempre que há um risco de uma doença oriunda de um animal se propagar rapidamente. É uma forma de o governo se antecipar a um surto ou epidemia;
- Neste momento, o governo diz que a medida é necessária para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, além proteger a fauna e a saúde humana;
- Ao declarar emergência zoossanitária, o governo consegue destinar recursos e criar ações de enfrentamento envolvendo ministérios, estados e municípios de maneira mais rápida e coordenada.
Como os casos foram confirmados em aves silvestres, o Brasil continua sendo considerado território livre de infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), já que não existem diagnósticos na produção comercial e para consumo humano.
Em linhas gerais, isso significa que os frangos e os ovos disponíveis nos supermercados não foram impactados.
O Ministério da Agricultura também prorrogou por prazo indeterminado a suspensão de feiras, exposições e outros eventos com aglomeração de aves. Essa medida foi adotada no fim de março.
A criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, também continua suspensa. A determinação vale para qualquer espécie de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas que estejam em cativeiro ou criadas para outras finalidades.
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de aves ou ovos. O ministério orienta para que as pessoas não recolham aves doentes ou mortas.
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