Quatro meses após visita do governador, obras de encostas em Mutuípe ainda não foram licitadas
Em 120 dias, diversas visitas foram realizadas: avaliações, sondagens de solo, topografia, relatório de defesa civil e finalização do projeto. Fala-se em quase R$ 36 milhões para fazer as contenções em ferro e concreto.
Quando em 30 de dezembro de 2021, o governador Rui Costa (PT), visitava áreas de risco, em Mutuípe, ao lado do prefeito Digão (MDB), do vereador João Carlos e do ex-prefeito Carlinhos, ambos do PT, e autorizava a construção de obras de encostas, os moradores logo se encheram de esperança de que tudo se resolveria rapidamente devido à situação de emergência.
Em 120 dias, diversas visitas foram realizadas: avaliações, sondagens de solo, topografia, relatório de defesa civil e finalização do projeto. Fala-se em quase R$ 36 milhões para fazer as contenções em ferro e concreto.
No final de fevereiro, a CONDER – Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, já estava com o projeto quase finalizado, e já previa gastar R$ 16.383.170.22 na rua Maracás, R$ 2.210629,23 na Honório Ribeiro Costa, R$ 4.559.586.95 na Aureliano Oliveira/ Lídio Santos e R$ 12.878.556.82 na rua São Felipe/São Roque
Há três semanas, a própria CONDER, sinalizou ao prefeito que dois convênios seriam assinados naqueles dias, a rua Maracás e Lídio Santos seriam as primeiras a serem licitadas, em 12 de abril, um dia após a sinalização, o governador reuniu diversos prefeitos baianos e assinou várias obras, mas as encostas de Mutuípe, continuaram no papel.
Desde o final de outubro tem chovido com frequência em todo o Vale do Jiquiriçá, não teve se quer uma semana de tempo firme até este 30 de abril de 2022, data em que a visita de Rui, completa-se quatro meses.
Algumas pessoas que moram nessas áreas de risco já voltaram para casa, e as que não voltaram planejam voltar, mas o solo está muito encharcado e o risco de uma tragédia não é pequeno, espera-se que toda essa demora, logo seja findada e homens e máquinas comecem a fazer o trabalho, pois o inverno se aproxima e os afetados já não aguentam mais esperar.
Em ano eleitoral existam prazos a serem respeitados e portanto convênios devem parar de acontecer ainda neste primeiro semestre, de 5 de julho até realização do pleito será proibido o repasse de recursos públicos do Estado aos municípios.
O mínimo que se espera é que o direito à moradia, garantido na Declaração dos Direitos Humanos, assinada pelo Brasil em declaração da ONU, seja garantido e que as obras anunciadas, não fiquem para 2023.
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Mídia Bahia/ Foto: Leandro Almeida