Presidente da CPMI das Fake News, Coronel quer sanções duras para criminosos digitais
“Deixa qualquer pessoa abismada, estupefata, ver que existe gente dessa natureza no meio da sociedade”, diz o senador.
O presidente da CPMI das Fake News no Congresso, senador Angelo Coronel (PSD-BA), disse ter a expectativa de que, ao fim dos trabalhos, o colegiado imponha sanções duras para penalizar o que chamou de criminosos digitais.
A afirmação foi feita na terça-feira (18), após um audiência pública no Senado em que se discutiu o impacto da desinformação sobre a vacinação e sua relação com a redução das imunizações no Brasil.
“O maior absurdo do mundo é termos pessoas com esse caráter de plantar notícias falsas nas redes sociais. Crial perfil, criar canal no YouTube, pra deixar o povo brasileiro vulnerável, ou seja, influenciar o povo brasileiro a não usar vacinas pra não proteger a sua saúde. Isso deixa qualquer pessoa abismada, estupefata, de ver que existe gente dessa natureza no meio da sociedade”, disse Coronel.
“Esperamos que, ao final dessa CPMI, a gente possa fazer sanções duras e e penalizar esses criminosos digitais que estão atentando contra a vida da sociedade brasileira”, acrescentou o senador.
Carlos, Lula e Dilma devem ser convocados
Nos próximos dias, Coronel pretende colocar em votação requerimentos por meio dos quais poderão ser convocados o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho e responsável pelas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e os ex-presidentes Lula e Dilma Roussef, ambos do PT.
Coronel também deve submeter ao plenário do colegiado a reconvocação de Hans River do Nascimento, ex-funcionário da empresa Yacows, acusada de disparar mensagens em massa durante as eleições de 2018.
Após seu depoimento à CPI, na semana passada, Hans foi denunciado pela relatora da CPI, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), à Procuradoria-Geral da República por falso testemunho. Diante de deputados e senadores, ele sugeriu que a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, se insinuou sexualmente para ele em troca de informações que embasassem sua reportagem.
A versão dele foi desmontada pela própria Folha, que divulgou as trocas de mensagem que manteve com o funcionário. A declaração também foi repudiada por entidades e autoridades, mas explorada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e outros bolsonaristas.
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Bahia.ba/ Foto: Agência Senado