Matéria foi aprovada com confusão na Assembleia Legislativa (Alba) na sexta-feira (31).
O deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) disse, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (3), que considerou a Reforma da Previdência estadual, do governo Rui Costa, “pior” do que a federal, do governo Bolsonaro. A PEC baiana foi aprovada com confusão na Assembleia Legislativa (Alba) na sexta-feira (31), com voto favorável de Câmara, que é da bancada de oposição na Casa.
Ele justifica que seu voto foi por “coerência”, diante do apoio do PSDB à reforma nacional. “O governador do estado, do PT, fez reforma pior do que de Bolsonaro. E cabia o quê a mim? Você acha que por ser oposição ao governo do PT eu mudaria meu discurso agora? Não, tenho que ser coerente com meus princípios”, alegou.
O deputado do PSDB defendeu ainda que a PEC é um “remédio amargo”, mas necessário. “A Previdencia na Bahia hoje tem rombo de R$ 4,2 bilhoes. Se não fizesse a reforma, o Estado estaria inviabilizado em 2,3 anos. Então nao cabe fazer oposição por oposição, prejudicando o estado”, afirmou.
Câmara também fez críticas aos deputados petistas e disse que não viu nenhum deles ir à tribuna da Assembleia para defender a reforma. “Todos lá envergonhados e constrangidos, porque sempre fizeram discurso contra a Reforma da previdência (federal). Botaram outdoor e Instagram, sobre a reforma da Previdência de Bolsonaro e de Temer, e tiveram que engolir a seco, com farinha, sal e pimenta, pelo governador do estado”, disse.
Ele reclamou ainda que todos os deputados foram convocados “à correria”, em referência ao termo usado por Rui Costa. Ele avalia que isso causou o tumulto que envolveu manifestantes na Casa “Como é que você convoca uma Casa na sexta-feira à noite, uma coisa inusitada, uma materia de relevância, ser votada na calada da noite?”, questionou.
O parlamentar do PSDB criticou também o arremesso de ovos em deputados, que, segundo ele, teria sido feito por integrantes da APLB. Ele cobrou que o sindicato fez o protesto, mas não teria se pronunciado sobre o fechamento e venda do Colégio Odorico Tavares.
“A APLB que se mostrou covarde e não apareceu quando foi vendido o Odorico Tavares, patrimonio do nsoso estado. Não vi um sindicalista para defender o Odorico Tavares. Aí aparece na sexta a noite para jogar ovo em deputado?”, afirmou.
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Metro 1/Foto : Alexandre Galvão/ Metropress