Operação Santa Rota investiga desvio de recursos de transporte escolar em Santa Luz, a 278,5 quilômetros de Salvador.
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram nesta quinta-feira (11) a Operação Santa Rota no município de Santa Luz, a 278,5 quilômetros de Salvador, para o cumprimento de mandados judiciais em razão de uma investigação de irregularidades na contratação de uma empresa para prestação de serviço de transporte escolar na cidade no valor de R$ 8.127.058,00. Na manhã desta quinta, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em diversas cidades baianas.
As investigações detectaram que a Prefeitura de Santa Luz realizou pregão eletrônico em 2022 para contratação de uma empresa que executaria 89 rotas do transporte escolar e a prestadora de serviço escolhida não possuía funcionários registrados e era proprietário de somente cinco veículos, quantidade insuficiente para a execução das rotas.
Ainda de acordo com a apuração, a empresa vencedora do processo licitatório apresentou a proposta com maior preço no pregão e foi a escolhida em face da inabilitação de outras novas candidatas que apresentaram preços menores, resultando em um superfaturamento de R$ 2.292.661,12. A PF e o CGU constataram também que algumas das empresas inabilitadas no certame receberam pagamento do grupo empresarial vencedor logo após serem excluídas da licitação.
Nesta quinta, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª região, nas cidades baianas de Santaluz, Valente, Conceição do Coité, Capim Grosso, Itiúba, Senhor do Bonfim e Várzea da Roça. Os investigados irão responder pelos crimes de responsabilidade de prefeito, fraude à licitação, além de corrupção ativa e passiva e lavagem de capitais.
PF investiga grupo responsável por desvio de recursos públicos na Bahia
Em junho deste ano, Polícia Federal (PF) cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em seis cidades da Bahia durante a operação Piemonte. A ação visa combater um grupo criminoso especializado no desvio de verba pública, fraude em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. O grupo chegou a movimentar cerca de R$ 51 milhões ilegalmente.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Juazeiro, Filadélfia, Várzea Nova, Capim Grosso e Ourolândia. Segundo as investigações conduzidas pela PF, o grupo é responsável por um sistema intricado de fraudes em licitações, principalmente, no ramo de locação de veículos.
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