OMS monitora gripe aviária e se prepara para possível pandemia
Autoridades estão em contato com fornecedores de vacinas para entender a capacidade de produção de doses em caso de uma emergência de saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está se preparando para uma possível pandemia de gripe aviária. A chefe do programa de influenza, Wenqing Zhang, afirmou, nesta sexta-feira (3/3), que a agência tem consultado fornecedores de vacinas para entender a capacidade de produção delas caso o H5N1 se torne uma emergência de saúde pública.
As últimas semanas foram marcadas pelo aumento global de casos de gripe aviária entre animais, a confirmação da morte de uma menina de 11 anos no Camboja após infecção pela cepa 2.3.2.1c do vírus H5N1, e outros dois casos entre humanos na China. Uma mulher de 53 anos foi contaminada pela 2.3.4.4b do H5N1, e um homem de 49 anos foi diagnosticado com a gripe aviária A (H5N6).
Deveríamos estar preocupados com o avanço da gripe aviária H5N1?
Até o momento, não há nada que indique uma relação entre os dois diagnósticos na China ou que o vírus tenha sido transmitido de humano para humano. A principal suspeita é que ele tenha sido passado de aves para os pacientes.
Ao ser questionada por jornalistas em uma coletiva de imprensa sobre a possibilidade de o vírus ser o responsável por uma nova pandemia, Wenqing afirmou que cada uma das cepas tem potencial para se tornar uma emergência de saúde pública, mas a 2.3.4.4b, em disseminação em várias áreas do mundo, especialmente na América do Norte e do Sul, é a que merece maior atenção.
“Cada uma dessas cepas tem potencial pandêmico. Não sabemos qual poderá levar a uma próxima pandemia. Precisamos monitorar todas”, afirma Wenqing.
A chefe do programa de influenza afirmou que existem cerca de 20 vacinas licenciadas para uso em pandemia que têm como alvo o vírus H5N1, mas ainda não é possível definir qual funcionaria. Por esse motivo, a OMS está criando um banco de imunizantes candidatos para acelerar a resposta de prevenção.
“A OMS tem consultado reguladores e fornecedores para entender quando será necessário mudar a capacidade de produção das vacinas sazonais para uma pandemia”, conta Wenqing.
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