Parlamentar opina que governador tem força e deveria definir junto aos partidos da base a pré-candidatura de Major Denice.
O deputato federal Marcelo Nilo (PSB-BA) disse hoje (28), em entrevista à Rádio Metrópole, que o governador da Bahia, Rui Costa (PT) comete um “equívoco político” ao estudar apoiar até três candidaturas para a prefeitura de Salvador, em lugar de escolher um único nome.
O parlamentar acredita que ele tem força e deveria defender junto aos partidos da base a pré-candidatura de Major Denice.
“Rui cometeu equívoco politico. Ele tem força política e tinha que chamar os partidos e dizer que ‘Meu candidato é major Denice’ e vocês tem de apoiar”, disse.
Nilo pontua que tem admiração pelo governador Rui Costa, que considera “o maior gestor que conheceu”, mas disse que ele deveria ter “mais pulso”.
“Como político, acho que tinha que ter mais pulso e dizer: ‘Companheiro, meu candidato é fulano. Eu quero a base apoiando’. Todos iriam. Exceto o que interessa ao governo, que é o sargento Isidorio, porque o voto de Isidorio não é de (ACM) Neto nem de Rui (Costa), é um voto que vai no segundo turno se não conseguir chegar lá”, opinou.
Ao ser questionado sobre um eventual governo do deputado federal Sargento Isidório, Nilo preferiu não responder se seria um bom prefeito, mas elogiou o colega.
“Isidório tem sido um bom parlamentar. É difícil dizer acho ou não acho (que será bom prefeito) porque depende dos assessores. Isidório é uma pessoa que tem 20% (do eleitorado), que apresenta projetos, não é joão-ninguém, é uma pessoa disciplinada, que tem bom trabalho social e é o homem de palavra. Então Isidório tem 20% dele. Se o governador apoiasse – e não vai apoiar pelo que estou sentindo-, ele iria para 35% e disputaria”, pontua.
O deputado também criticou Rui Costa por escolher secretários ligados ao carlismo para a gestão estadual.
“Eu tenho história do lado do PT. É justo que 50% do secretariado de Rui Costa venha do lado carlista? É justo que, de três senadores, dois são ex-carlistas. É justo dos 43 parlamentares do governo, 60% vem do carlismo? Ou seja, valeu a pena lutar tanto para derrotar o carlismo e ver o carlismo no governo? É uma coisa que dói. Tenho história e lutei muito. (…) É uma critica que faço de Rui Costa em público. Jaques Wagner começou o processo, mas as pessoas eram governo aqui e lá. Se começou com Wagner, está errado”, disse.
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Metro 1/Foto : Matheus Simoni/Metropress