Eleições 2020

Nas eleições 2020, Jequié se divide entre economia sólida e dificuldades com violência e analfabetismo

Hoje, com cerca de 155 mil habitantes, Jequié busca se consolidar como uma das maiores cidades em termos não só de população e território, mas também na economia.

Antigo distrito de Maracás, emancipada no fim do século XIX, Jequié quase se tornou capital da Bahia. Em 1911, o então presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Aurélio Rodrigues Viana, decretou a mudança da capital, de Salvador para Jequié. Prontamente o Governo Federal reagiu e ordenou um bombardeio a Salvador, direcionado a prédios históricos, que resultou no incêndio de uma biblioteca pública e marcou a história baiana.

Hoje, com cerca de 155 mil habitantes, Jequié busca se consolidar como uma das maiores cidades em termos não só de população e território, mas também na economia, baseada boa parte na pecuária e agricultura. Destaque para a produção de cacau, café, cana-de-açúcar, maracujá e melancia.

Com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,665, que o coloca na 33ª posição entre os municípios baianos, Jequié lida com problemas característicos de uma cidade em crescimento, mas também mostra números provincianos para questões como o analfabetismo e taxa de mortalidade infantil.

Outro aspecto preocupante é a taxa de analfabetismo na zona rural, que quase dobrou entre 2000 e 2010, apesar dos esforços nos anos 90, quando a média era de 61,79% de analfabetos. De acordo com o último senso do IBGE, a taxa atual é de 34,58%.

A gestão da cidade está nas mãos do prefeito Sérgio da Gameleira (PSB), que chegou ao posto em 2016 quando era vice-prefeito e acabou assumindo o cargo após a prefeita Tania Britto (PP) ter sido afastada por medida do Ministério Público Federal. Naquele mesmo ano ele conseguiu se reeleger. 

Este ano Gameleira não poderá participar da eleição majoritária porque já está no segundo mandato. Ele também não conseguiu emplacar um nome que o represente na disputa eleitoral – que já tem pelo menos seis possíveis postulantes.   

ECONOMIA
A média salarial dos habitantes de Jequié, de acordo com levantamento do IBGE de 2017, é de 1,9 salários mínimos. Atualmente, há cerca de 26.283 ocupados, totalizando uma taxa de 16,2% de ocupação. Quanto ao PIB per capita, a cidade se encontra apenas na 51° posição entre os distritos baianos, com R$ 15.765,90.

EDUCAÇÃO
Jequié tem uma boa taxa de escolarização entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos: 97,4%. Os últimos dados do IBGE, de 2010, mostram que existem 86 escolas do Ensino Infantil na cidade, 128 escolas fundamentais e 19 escolas de ensino médio. A taxa de analfabetismo é de 15,08%, ainda acima da média nacional de 9,37%. Mas, o recente crescimento do analfabetismo na zona rural é o mais alarmante.  Em 1991, a cidade era a 1° no ranking de analfabetos (número absoluto), com média de 61,79% na área rural. Em 2000, foi comprovado um grande avanço, com um índice de 17,56. Assustadoramente, dez anos depois, o índice quase dobrou: 34,58% de analfabetos.

VIOLÊNCIA
Em contrapartida, a taxa de violência corresponde às grandes cidades. Com 72,8 homicídios por 100 mil habitantes, Jequié é a 7ª cidade com mais homicídios na Bahia. 

SAÚDE
De acordo com o IBGE, a taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 13.51 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.8 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, Jequié fica nas posições 251ª e 259ª entre os 417, respectivamente. 

SANEAMENTO BÁSICO
Jequié possui 77.9% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, porcentagem que a coloca na 14ª colocação entre os 417 municípios baianos. São 60.5% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 3.1% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros 416 municípios do estado, fica na posição 252ª e 246ª, respectivamente. 

SALÁRIOS
Boa parte dos vencimentos mais recentes dos agentes e servidores públicos ainda não foram enviados ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia. O salário médio dos quatro procuradores-municipais é de R$ 14.626,81. 

A partir de 2017, passou a vigorar o novo salário de prefeito, vice e vereadores.  O salário do prefeito passou ao valor de R$20 mil; o do vice-prefeito para R$ 15 mil, enquanto os secretários municipais e os vereadores recebem mensalmente valores em torno de R$ 12.660. 

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