Política

Não tenho fábrica de dinheiro nem vara de condão, diz Jerônimo sobre reajuste para professores

Governador afirmou ao bahia.ba ofertar recomposição inflacionária de quase 4%; docentes reivindicam aumento de até 42,6%, com base no IPCA.

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta terça-feira (30) que não “tem uma fábrica de dinheiro” ou “vara de condão” para conceder o reajuste salarial pleiteado por professores da universidades estaduais da Bahia —Uneb, da Uefs, da Uesb e da Uesc. Os índices reivindicados vão de 42,2% e 42,46%, com base no IPCA, a depender da classe.

Jerônimo informou, no entanto, que enviará à Assembleia Legislativo um projeto de lei com ganho inflacionário de quase 4% e aumento no valor do vale-alimentação dos docentes.

“Nós sentamos com os movimentos, todos eles. Da saúde, da educação, da segurança pública, e chegamos num bom arranjo. Nós chegamos com categoria recebendo 7% de aumento e uma inflação de quase 4%. Então quase que dobramos o valor do desgaste salarial por causa da inflação. Eu tô cumprindo uma receita de cuidado para que eu não possa dar um aumento que eu não possa cumprir e, depois, nós ficarmos em situação de não poder pagar salário”, disse o governador ao ser questionado pelo bahia.ba durante uma agenda no Vale dos Lagos, em Salvador.

“Além de garantir reajuste salarial, estamos melhorando o tíquete-refeição. É um valor que não é tributado, e um valor líquido, na conta do servidor. Estou consciente e firme que nós enviaremos para a Assembleia o projeto de lei. Conversamos com os deputados, tiramos a dúvida se vamos continuar ouvindo [os professores]. Mas é o que eu posso fazer. Eu não tenho uma fábrica de dinheiro. Eu não tenho uma vara de condão mágica pra poder fazer um compromisso e depois não cumprir”, acrescentou o governador.

Na lista em que reivindica aumento nos vencimentos, a categoria também cobra a reestruturação das carreiras do magistério superior e a recomposição orçamentária das universidades e institutos federais.

Aprovada em assembleia na noite da última quinta-feira (25), a paralisação é por tempo indeterminado.

*Errata: Versão anterior do texto informava que o reajuste era reivindicado por professores da Ufba. O pleito, porém, é de docentes das universidades estaduais. O texto foi corrigido.

Bahia.ba

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