Motorista de app de SAJ que trabalha em Salvador comenta chacina e critica falta de apoio do UBER
Segundo ele, ao chegar na BR, dois homens entraram no veículo e anunciaram o assalto.
Um motorista de Uber de Santo Antônio de Jesus que trabalha em Salvador comentou o crime que chocou o estado na última sexta-feira (13).
Os corpos de quatro motoristas do aplicativo foram encontrados em sacos plásticos na comunidade Paz e Vida, no bairro Mata Escura, com marcas de golpes de facão. Sávio da Silva Dias, de 23 anos, e Daniel Santos da Silva, 30, foram enterrados no cemitério Campo Santo. Já o corpo de Genivaldo da Silva Félix foi levado para a cidade de Laje e Alison Silva Damacena dos Santos para o município de Valença.
Ao Blog do Valente, o motorista de iniciais JP relatou que eles não têm segurança para trabalhar, “Foi horrível para nós, mas a UBER não nos dá apoio de segurança nenhuma, a gente evita ir para essas localidades que são perigosas. O povo de bem dessas localidades que sofrem”, disse. Ele explicou ainda que já foi vítima de uma tentativa de assalto após pegar duas clientes na Vasco da Gama sentido Cosme de Farias. Segundo ele, ao chegar na BR, dois homens entraram no veículo e anunciaram o assalto, “Para minha sorte estava congestionado o trânsito e eu colidi meu carro em outro carro, abandonei o veículo e sai correndo.
Eles fugiram para o mato. A Uber não nos dá seguro, nada. Relatei o caso para eles e até hoje não tive resposta”, frisou. Diante da insegurança, os motoristas resolveram não aceitar mais viagens para algumas localidades da capital.
Eles vão se reunir nesta semana para reivindicar providências da prefeitura e do Estado, “Nós não temos contrato, a Uber coloca qualquer um lá. Trabalhamos para eles. Gera medo na gente, mas a gente sai pedindo a Deus para nos proteger. Eu não rodo a noite, já coloquei rastreador no meu veículo, mas não temos segurança. Eles incentivam você a trabalhar a noite em certas localidades, aumentando o lucro, mas não dá nenhum tipo de alerta para a gente. Queremos alguma resposta do estado porque nós somos muito cobrados”, pontuou.
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