Suspeita é de que as contas teriam sido usadas para recebimento de valores relativos a vendas de presentes de alto valor recebidos por agentes públicos brasileiros de autoridades árabes.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na noite de quinta-feira (17), autorizou a quebra os sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Brasil e no exterior.
A determinação atende um pedido feito pela Polícia Federal (PF). A CNN procurou a defesa de Bolsonaro e aguarda retorno.
Michelle se pronunciou em publicação no stories do Instagram, na manhã desta sexta-feira (18), e disse: “Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir! Quem não deve, não teme!”
“Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir. Não conseguirão! Estou em paz!”, completou.
Segundo apurou a CNN, a decisão também afeta as contas no Brasil e exterior do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, o general da reserva Mauro César Lourena Cid.
O pedido da PF sobre as contas no exterior foi feito por meio do Acordo de Cooperação Internacional com o governo dos Estados Unidos.
A suspeita é de que as contas teriam sido usadas para recebimento de valores relativos a vendas de presentes de alto valor recebidos por agentes públicos brasileiros de autoridades árabes.
No Brasil, segundo os investigadores da PF, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou ao menos R$ 4 milhões em movimentações financeiras de recursos no exterior em contas do general da reserva.
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