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Mais de R$ 50 milhões serão injetados no Vale do Jiquiriçá através do CadÚnico, entre os municípios, está Elísio Medrado

Nos municípios do Vale do Jiquiriçá temos 81.077 famílias cadastradas no CADÚNICO, sendo que 52% estão em situação de extrema pobreza (dados dez/2019).

Esta semana o Governo Federal deve começar a pagar o benefício emergencial, aprovado pelo Congresso Nacional, aos trabalhadores informais, aos beneficiários do Programa Bolsa Família e as mulheres que cuidam sozinha de suas casas, o valor entre R$ 600,00 e R$ 1.200,00.

Na proposta inicial, o Governo Federal ofereceu apenas R$ 200,00. O instrumento que será utilizado para pagamento dos benefícios será o Cadastro Único, então administrado pelas Prefeituras e que possuem a obrigação de mantê-los atualizado, facilitando assim o acompanhamento dos beneficiários nos programas do governo federal.

Esse serviço guarda as informações pessoais e de condição de vida de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza e tem sido bastante utilizado nas politicais sociais, a exemplo do Programa Bolsa Família. Nos municípios do Vale do Jiquiriçá temos 81.077 famílias cadastradas no CADÚNICO, sendo que 52% estão em situação de extrema pobreza (dados dez/2019).

“Indiscutivelmente, o Programa Bolsa Família (PBF) tem sido referência no mundo todo como um instrumento eficiente de transferência de renda para a população mais carente; sendo transferido aos beneficiários R$ 31 bilhões em 2019 (apenas 3% do que o governo federal pagou de juros, refinanciamento e amortização da dívida aos rentistas). Dados atualizados em março de 2020 mostram um total de 13 milhões de famílias e de 38 milhões de pessoas beneficiárias do programa, ou seja, 18% de toda população Brasileira”, destaca o Consultor Valmir Sampaio

É grande a força do PBF na economia dos pequenos municípios. Tomando como exemplo o Território do Vale do Jiquiriçá, em 2019 foram injetados recursos do Programa nos vinte municípios num total de mais de R$ 97 milhões, enquanto a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia arrecadou, no mesmo ano, de ICMS/IPVA/ITD e Taxas Estaduais pouco mais de R$ 47 milhões (49% do PBF).

No Vale do Jiquiriçá apenas em Jaguaquara a arrecadação da SEFAZ-BA é maior do que os recursos do Programa Bolsa Família, enquanto Cravolândia, Irajuba e Nova Itarana não chegam a 9% da arrecadação em relação ao PBF. Temos 115.582 beneficiários no Vale que representam 37% da atual população estimada pelo IBGE para 2019.

A aversão ao Bolsa Família vem de uma herança histórica e social de exclusão, através da qual as classes mais abastadas ainda defendem a ideia de que é um absurdo os mais pobres se promoverem. Existem relatos que indicam a importância do “crédito” na vida das pessoas, destacando a maneira como saíram do anonimato e ganharam um perfil público. Pobres que tinham até vergonha de frequentar locais públicos, graças ao consumo se sociabilizaram, não apenas venceram a fome e a insegurança financeira, mas ousaram novas profissões, novos vôos é a recuperação do sonho que aprenderam a sonhar.

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