Lula defende processo eleitoral de Maduro na Venezuela: “Não tem nada de grave”
Presidente brasileiro minimiza controvérsias e elogia eleições pacíficas no país vizinho.
Em entrevista à Rede Matogrossense, afiliada da TV Globo, Lula afirmou que “não tem nada de grave, nada de assustador” sobre a eleição venezuelana.
A declaração foi feita antes de sua viagem aos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, marcada para esta quarta-feira (31).
Lula também comentou sobre a nota divulgada pelo PT, que considerou a eleição pacífica, democrática e soberana.
Ele defendeu o comunicado do partido, afirmando que se tratava de um “elogio ao povo venezuelano pelas eleições pacíficas”.
A entrevista, que inicialmente não constava na agenda oficial da Presidência, foi atualizada às 17h27 (horário de Brasília) para incluir o compromisso.
Um trecho da conversa foi ao ar na GloboNews, e a íntegra será transmitida em breve no telejornal local.
“Tem uma briga, como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre oposição e situação, a oposição entra com recurso e vai esperar a Justiça tomar o processo. Aí vai ter a decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, disse Lula à TV de Mato Grosso.
“O PT reconheceu. A nota do PT reconhece, é um elogio ao povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram e, ao mesmo tempo, reconhece que o tribunal eleitoral já reconheceu Maduro como vitorioso, a oposição ainda não. Aí tem um processo. Não tem nada de grave, nada de assustador, vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a 3ª Guerra Mundial”, completou o presidente.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota ontem em que não parabenizou Nicolás Maduro, aguardando a “publicação de dados desagregados por mesa de votação”.
A eleição na Venezuela, concluída no domingo, apontou vitória de Maduro com 51,2% dos votos, segundo autoridades do país.
No entanto, a oposição e líderes estrangeiros denunciaram fraude, e a OEA (Organização dos Estados Americanos) informou que o processo teve “vícios, ilegalidades e más práticas”.
Mesmo sem a divulgação das atas da eleição, Maduro foi proclamado presidente nesta segunda-feira.
Protestos tomaram cidades da Venezuela, resultando em pelo menos 11 mortos. Manifestantes exigem a recontagem dos votos e derrubaram estátuas de Hugo Chávez.
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