Cidades

Justiça proíbe corte de árvores em Ilhéus após ação civil por danos que resultaram em mortes de maritacas

A ação foi impetrada em setembro deste ano por duas organizações integrantes do Movimento Preserva.

A Justiça proibiu o corte de árvores na Avenida Soares Lopes e na zona urbana de Ilhéus, no sul da Bahia, na terça-feira (17), após uma ação civil pública ser impetrada contra a prefeitura da cidade depois que a derrubada de árvores na região ocasionou a fuga das maritacas (espécie de ave).

A ação foi impetrada em setembro deste ano por duas organizações integrantes do Movimento Preserva. Na ocasião, a ação visava, em caráter de urgência, a suspensão de todo e qualquer corte ou poda de árvores na avenida e em todo o perímetro urbano de Ilhéus.

Na decisão desta quarta (18), a juíza substituta da Primeira Vara de Fazenda Pública de Ilhéus concedeu a liminar para que o município e a empresa interrompam imediatamente qualquer poda ou derrubada de árvore nas obras de duplicação da BA-001e também nas obras de acesso à ponte Jorge Amado.

A decisão pontuou ainda que, caso não seja cumprida a determinação, os envolvidos poderão pagar multa diária de R$ 50 mil, além de uma multa pessoal de R$ 5 mil, também diária.

A polêmica teve início quando várias aves da espécie foram encontradas mortas ou desorientadas em vários pontos da cidade, em julho deste ano. As mortes ocorreram após os cortes de árvores exóticas, na Avenida Soares Lopes, no centro de llhéus, onde as maritacas costumavam se abrigar.

No mesmo mês, a prefeitura de Ilhéus informou que seria elaborado um plano de ação para ajudar na readaptação das aves e maritacas da paisagem urbana. No entanto, conforme documento publicado na terça, dois meses após a derrubada das árvores, a prefeitura não havia tomado nenhuma medida para diminuir os dados ambientais causados.

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G1

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