O punter foi apontado como um dos três homens que participaram do estupro de uma adolescente em uma festa de Halloween no ano passado, em San Diego.
O jogador da NFL, Matt Araiza foi demitido do Buffalo Bills dias depois que ele e dois outros jogadores de futebol americano foram acusados de estupro coletivo de uma garota de 17 anos durante uma festa fora do campus na Universidade Estadual de San Diego no ano passado.
“Esta tarde, decidimos que liberar Matt Araiza era a melhor coisa a se fazer. Nossa cultura em Buffalo é mais importante do que vencer jogos de futebol”, anunciou o gerente geral da equipe, Brandon Beane, nesse sábado (27).
Matt Araiza e dois outros atuais ou ex-jogadores de futebol da San Diego State University são acusados de estuprar a garota em uma festa de Halloween no ano passado, de acordo com um processo aberto na última semana pelo advogado da vítima, identificada em documentos judiciais como “Jane Doe”.
Araiza e seus co-réus, Zavier Leonard e Nowlin “Pa’a” Ewaliko, estavam no time de futebol do estado de San Diego no momento do suposto incidente em outubro passado.
O advogado de Araiza, Kerry Armstrong, disse à CNN que seu cliente não estuprou a acusadora.
“Os fatos do incidente não são o que são retratados no processo ou na imprensa. Estou ansioso para esclarecer as coisas rapidamente”, disse Araiza em comunicado divulgado por meio de seu advogado.
Jane Doe diz que participou de uma festa na área de San Diego com amigos, mas foi separada deles quando conheceu Araiza, de acordo com a alegação. O arquivamento afirma ainda que Araiza “poderia observar que Jane estava fortemente embriagada”.
“Jane informou Araiza que ela frequentava a Grossmont High School. Araiza, que tinha 21 anos na época, sabia ou deveria saber que Jane era menor de idade”, diz a queixa.
O advogado de Araiza contestou a alegação, dizendo: “Ele nunca usou força contra ela. Ela não estava visivelmente embriagada. Ele não lhe deu uma bebida com nada”.
A denúncia diz que Araiza levou a menina para um quarto onde “já havia pelo menos três outros homens no quarto”, incluindo Leonard e Ewaliko, que tinham pelo menos 18 anos na época.
“Jane Doe foi estuprada por cerca de uma hora e meia até que a festa foi encerrada. Ela saiu cambaleando da sala ensanguentada e chorando”, disse a queixa.
A menina relatou o suposto incidente no dia seguinte ao Departamento de Polícia de San Diego e foi submetida a um exame de estupro em um hospital, de acordo com o processo.
O advogado de Nowlin “Pa’a” Ewaliko, Marc Carlos, disse à CNN em uma entrevista por telefone que vê alguns problemas com a credibilidade de Jane Doe e as circunstâncias em que ela relatou o evento.
“A apresentação da ação civil é claramente uma tentativa de pressionar a promotoria a abrir um caso”, disse ele. Ewaliko não está matriculado na SDSU neste semestre, de acordo com Carlos.
O advogado de Zavier Leonard, Jahmal Kersey, se recusou a comentar, mas disse à CNN que está ciente do processo.
O Gabinete do Procurador Distrital do Condado de San Diego disse que a investigação está sob revisão, mas não indicou quando uma decisão será tomada.
O estado de San Diego divulgou um comunicado dizendo que “leva as alegações de agressão sexual a sério”, mas não foi capaz de divulgar detalhes específicos sobre o caso devido a preocupações com a privacidade, afirmando que as alegações ainda estavam sob “investigação ativa da universidade”.
A declaração disse ainda que uma violação do código de conduta estudantil da universidade poderia resultar em “suspensão, demissão ou expulsão”.
Os Buffalo Bills tomaram conhecimento das alegações no final de julho, quando foram contatados por um representante da suposta vítima, disse Beane em entrevista coletiva no sábado.
“Em última análise, esta é uma situação legal. Não conhecemos todos os fatos e é isso que dificulta, mas neste momento achamos que é a melhor jogada para todos é deixar Matt cuidar dessa situação se concentrar nisso”, acrescentou Beane.
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CNN Brasil/Foto:Reprodução/Instagram