Tricolor voltou a virar um tempo tomando 3×0 e sofreu terceira goleada na temporada.
Imagine que seu time leva um total de 12 gols em 3 jogos. Uma goleada por 6×0 e outras duas por 3×0 num recorte de 4 partidas. Motivo para crise? Sim, que está instalada. Para euforia? No caso da última goleada, sim, porque acabou por contribuir com a eliminação do maior rival do campeonato mais fraco que disputa. E pelo quinto ano consecutivo.
Foi essa a tônica, para o Bahia, da derrota por 4×0 contra o Itabuna, neste domingo (26). Já classificado e líder, o tricolor mandou o time sub-20 e já foi para o intervalo tomando 3×0. Dessa vez, a torcida achou até graça, porque o resultado contribuiu para a eliminação do Vitória, que pela quinta vez seguida não avança na primeira fase do Baianão.
Para o Itabuna, a goleada valeu muito e foi a vera. O tradicional azulão do interior chega às semifinais do Baiano logo em seu ano de volta à primeira divisão do Estadual e fecha a primeira fase marcando nada mais, nada menos, que sete gols na dupla Ba-Vi. Foram 4 no Vitória em pleno Barradão e mais 4 em cima do Bahia. Hitalo, Alex Sandre (2x) e Cesinha foram os artilheiros da partida.
O primeiro gol veio logo no primeiro minuto. Cria da base do Vitória, Hitalo aproveitou bom passe e apareceu sozinho para colocar a bola no fundo das redes de Eric. O Bahia chegou ao empate aos 10 minutos, mas Tiago, que subiu para marcar de cabeça, fez falta no xará Thiago Passos, goleiro do time da casa. O ponteiro girou por 8 vezes depois dali quando o Itabuna quase ampliou: o goleiro Eric saiu mal e perdeu no pé de ferro para Cesinha, que ficou com o gol aberto ainda fora da área, mas não concluiu bem.
O Itabuna controlava bem o jogo. Do lado do Bahia, só o goleiro Eric conseguia algum motivo para ser olhado com mais carinho, fazendo boas defesas. Numa delas, pegou um tiro a queima-roupas de Cesinha dentro da área. Ele só não pode fazer nada quando Hitalo recebeu sozinho na esquerda e cruzou na cabeça de Alex Sandre aos 39 minutos. 2×0.
Também não teve como impedir, no minuto seguinte, quando o lateral Elivelton aproveitou a avenida deixada pelo jovem João Victor e avançou até tocar para Cesinha, que limpou para a esquerda e encheu o pé na bocheca de rede para fazer 3×0 e deixar a classificação itabunense encaminhada e tranquila. Do lado do Bahia, mesmo que dessa vez tenha sido com o sub-20, foi o terceiro jogo na temporada que o tricolor desceu para o vestiário levando 3×0. Virou rotina?
Mesmo com a derrota, o Bahia termina a primeira fase na liderança e vai enfrentar o próprio Itabuna na semifinal, decindido o confronto de dois jogos em casa.
Segundo tempo, registro histórico
Apesar do resultado pesado contra, o início da segunda etapa marcou um feito histórico para o Bahia. Roger substituiu o volante Lustosa, um dos veteranos a entrar em campo, com 20 anos – e que fez péssima partida.
Roger completou 16 anos no último dia 12 de fevereiro e se tornou o mais jovem a jogar pelo profissional do Bahia. Ele ultrapassou Beijoca e Borel, que estrearam, respectivamente, com 16 anos (1970) e 5 meses e 16 e 9 meses (2019).
Dentro de campo, pouca coisa rolou. Eric foi, novamente, quem apareceu ao defender uma boa cobrança de falta tentada por João Neto. Roger teve boa chance aos 5 minutos, mas chutou mal. Gustavo Kawã saiu do banco e, pela ponta-esquerda, tentou dar uma canseira na defesa do Itabuna. Apesar de jogar melhor na segunda etapa, pareceu ser uma partida mais protocolar, com os dois times esperando o tempo passar. Deu tempo de Alex Sandre fazer o seu segundo no jogo e fechar o caixão aos 49 do segundo tempo. O Itabuna foi tocando enquanto a torcida tricolor só olhava, até que o meia bateu e contou com desvio na zaga para marcar novamente.
No final das contas, todo o mundo saiu comemorando. O Itabuna pela classificação; o Bahia, com um sorrisinho irônico por contribuir com a queda do maior rival. As duas equipes voltam a se encontrar nas semifinais, acontecem nos dias 12 e 19 de março, sendo a decisão na Fonte Nova.
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Correio/Foto: Divulgação/EC Bahia
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