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Inglaterra permanece em confinamento até dezembro; outros países adotam lockdown para conter a Covid

País mais afetado da Europa pela pandemia, o Reino Unido registra quase 48.000 mortes provocadas pela covid-19, com 492 vítimas fatais apenas na quarta-feira, o maior balanço diário desde maio.

Os 56 milhões de habitantes da Inglaterra devem respeitar a partir desta quinta-feira (5/11) um novo confinamento para frear as infecções, como já acontece em outras nações da Europa, afetada por uma implacável segunda onda da pandemia que tampouco dá trégua nos Estados Unidos, país que registrou o recorde de 100.000 novos casos em apenas um dia.

Durante pelo menos quatro semanas, os ingleses serão autorizados a sair de casa apenas para comprar comida, comparecer ao médico, praticar exercícios ou seguir até o trabalho, quando não for possível adotar o ‘home office’.

País mais afetado da Europa pela pandemia, o Reino Unido registra quase 48.000 mortes provocadas pela covid-19, com 492 vítimas fatais apenas na quarta-feira, o maior balanço diário desde maio.

Depois de resistir à ideia de um segundo confinamento nacional, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou no sábado passado que o Reino Unido seguiria os passos de países vizinhos, como França e Irlanda, com a esperança de poder permitir as reuniões das famílias durante o Natal.

ECONOMIA

Em previsão aos graves efeitos econômicos da pandemia, o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou nesta quinta-feira (5/11) uma ampliação do programa de compra de ativos de 150 bilhões de libras adicionais (200 bilhões de dólares), o que eleva o pacote de estímulo financeiro a 895 bilhões de libras (1,16 trilhão de dólares).

Em todo o mundo, a pandemia de covid-19 provocou 1,2 milhão de mortes e infectou mais de 47 milhões de pessoas, de acordo com o balanço da AFP com base em números oficiais. A Europa, com mais de 11 milhões de casos – metade deles na Rússia, França, Espanha e Reino Unido -, é a região em que o vírus avança com maior velocidade.

DRAMA EUROPEU

A Itália, ainda traumatizada com a primeira onda, adota a partir desta quinta-feira um toque de recolher entre 22H00 e 5H00, a princípio até 3 de dezembro. O país registra mais de 39.000 mortes e 750.000 contágios e tenta frear as infecções sem decretar um confinamento total, pelo temor do impacto econômico.

Na Espanha, que supera 1,2 milhão de casos e registra quase 36.500 vítimas fatais, o governo é pressionado a seguir os outros países europeus e aplicar um confinamento domiciliar com o objetivo de achatar a curva da segunda onda de coronavírus.

Em Portugal, mais de sete milhões de pessoas (70% da população) respeitam desde quarta-feira (4/11) um confinamento de pelo menos duas semanas. No mesmo dia, o país registrou 59 mortes e quase 7.500 novos casos de covid-19, o balanço mais grave desde o início da pandemia.

Em outros países da Europa, as imagens são similares: A Áustria adotou um toque de recolher noturno, a Polônia fechou bares e lojas, a Hungria retomou o estado de alerta e teme um colapso dos hospitais e na Suíça o exército foi colocado à disposição dos cantões para organizar hospitais ou transferências de pacientes.

As principais diferenças em relação aos confinamentos decretados na primeira onda são que a atividade econômica não foi paralisada e as escolas e creches permanecem, no momento, abertas.

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AratuOn/ Foto: Pixabay

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