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Golpe da Mão Fantasma: veja como se proteger da nova fraude que assusta correntistas

Também conhecida como “Golpe do Acesso Remoto”, a fraude bancária já tinha rendido mais de 40 mil Boletins de Ocorrência policial até o dia 26 de agosto, data do alerta das duas instituições.

A Polícia Federal e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiram alerta ao país sobre uma nova fraude que está arruinando a vida financeira de brasileiros: O Golpe da Mão Fantasma. Também conhecida como “Golpe do Acesso Remoto”, a fraude bancária já tinha rendido mais de 40 mil Boletins de Ocorrência policial até o dia 26 de agosto, data do alerta das duas instituições.

Para executar o golpe, o criminoso entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco em que a pessoa é correntista, faz perguntas sobre eventuais saques na conta e, com a vítima amedrontada, sugere a instalação de um ‘malware’, software que dá acesso ao celular.

A instalação indevida permite que os fraudadores consigam vasculhar o aparelho para encontrar senhas das vítimas e  utilizar os aplicativos de bancos para cometer fraudes.

Cada vez mais sofisticados, os criminosos da Mão Fantasma contam com gravações que simulam uma central telefônica, na qual vários integrantes de uma mesma quadrilha atuam para convencer as vítimas. Dizem que a conta foi invadida, clonada ou afirmam que “foram identificadas movimentações suspeitas na conta”, se prontificando amigavelmente a encaminhar um link para a instalação do “aplicativo de segurança”, que é falso.

Como o golpe da mão fantasma funciona?

Os golpistas têm usado várias formas de abordagem para enganar os clientes, em artimanhas que a PF e a entidade dos bancos ainda estão tentando decifrar. As primeiras vítimas, porém, têm relatado um modus operandis semelhante na maioria dos casos já registrados.

Primeiro, os criminosos conquistam a confiança das pessoas por meio da confirmação de diversos dados pessoais (nome completo, CPF, data de nascimento e outros mais disponíveis). Usam uma fala equilibrada e em geral com bom português, criando um nível de relacionamento que gere intimidade.

Na sequência, quando o estelionatário percebe o medo e a confiança no outro lado do celular, aproveita para informar que está enviando um link para a instalação do aplicativo “que irá solucionar o problema”. Se o cliente instala o aplicativo, o criminoso ganha acesso em tempo real a todos os dados contidos no celular. A conta é limpa e a vida financeira do cliente é arruinada em minutos por uma “mão fantasma”, um criminoso que está fazendo operações à distância.

Atenção com senhas e ligações suspeitas

Diante da ameaça, a Febraban esclarece novamente que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de proteção em todas as suas etapas e não há registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais “contam com o que existe de mais moderno no mundo”, diz a federação. Além disso, para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente.

No caso do Golpe do Acesso Remoto, os criminosos realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites. O golpe está crescendo justamente porque milhões de usuários anotam senhas de acesso em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp ou em outros locais vulneráveis do celular.

Há casos de correntistas que usam a mesma senha de acesso do banco em outros aplicativos, sites de compras ou serviços na web – e em boa parte dos casos, esses aplicativos não contam com sistema de segurança robusto e eficiente que propicie a proteção mais adequada das informações bancárias.

“O banco nunca liga para o cliente pedindo para que ele instale nenhum tipo de aplicativo em seu celular, não liga pedindo senha nem o número do cartão ou ainda para que o cliente faça uma transferência ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar um problema na conta”, disse Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora, sugerem a Polícia Federal e a Febraban.

Como se proteger?

1. Dica de ouro: os bancos jamais entram em contato solicitando a instalação de aplicativos e nem têm o hábito de enviar links para seus clientes correntistas.

2. Está em dúvida com o contato? Entre imediatamente em contato com seu banco pelo número de telefone que fica atrás do seu cartão ou compareça a uma agência. Conversar com o seu gerente por telefone, de uma ligação que você tenha feito, costuma resolver pelo menos 90% das dúvidas.

3. Nunca instale aplicativos desconhecidos ou recebidos por mensagens instantâneas, SMS, WhatsApp ou e-mail.

4. Evite o download de aplicativos de instituições bancárias fora da loja oficial do sistema operacional do seu celular.

5. Os aplicativos oficiais dos bancos, reconhecidos internacionalmente como seguros, permitem ao próprio usuário checar em caso de uma transação que não tenha sido aprovada.

6. Altere as senhas regularmente, criando senhas fortes.

7. Armazene as senhas num gerenciador de confiança – informe-se bem sobre esses gerenciadores.

8. Registre ocorrência em BO digital ou presencialmente numa delegacia especializada em crimes cibernéticos se você acredita que tenha sido vítima do “Golpe da Mão Fantasma” ou de qualquer outra fraude financeira

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