O trem, que já foi um símbolo de progresso e de conexões, agora serve como abrigo para o homem.
Em um canto pouco visível da praça em Santa Terezinha, um homem tem se tornado uma presença constante, mas sua história é pouco conhecida, e o momento em que ele dormia foi flagrado pelo repórter Fábio Cruz do Recôncavo no Ar na noite da última quarta-feira, dia de réveillon. Ele se refugia debaixo de um antigo trem que repousa na área, um resquício da história ferroviária local, e ali embaixo do trem escondido atrás das rodas de ferro ele faz sua morada improvisada e dormindo.
No momento em que fazia imagens do homem embaixo do trem, o repórter Fábio Cruz foi informado por algumas crianças que estavam brincando no local que já fazem alguns dias que o homem dorme ali, no entanto não souberam informar o nome.
O trem, que já foi um símbolo de progresso e de conexões, agora serve como abrigo para aquele que, com pouco mais do que algumas cobertas e um rosto marcado pelas adversidades da vida, encontra ali uma fuga temporária dos desafios diários.
O espaço que marca uma grande história da ferrovia local é visto como um local seguro onde o homem de identidade desconhecida pode descansar, longe dos olhos que o observam e sem direito a uma vida digna com uma moradia
De fato, o trem na praça de Santa Terezinha tornou-se mais do que um simples meio de transporte de outro tempo: ele é um símbolo de como o passado pode se encontrar com o presente, e de como ainda há histórias invisíveis, de pessoas invisíveis, que pedem atenção e dignidade.
A situação deste homem, no entanto, é uma das várias que ecoam uma realidade dura e negligenciada. Sua história é de luta e sobrevivência, mas também levanta questões importantes sobre políticas públicas de assistência social e sobre o papel da comunidade em acolher e apoiar aqueles que vivem à margem.
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