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História de Elísio Medrado por Pedro Maia

Era o final do século XVII para o início do século XIX, quando os primeiros aventureiros apareceram na nossa região. Eram desbravadores que aqui apareceram em busca de terras férteis e produtivas para que eles pudessem plantar aqui suas esperanças e seu futuro. Aqui chegando, se instalaram onde hoje é a sede do município encontraram fartura na fauna e na flora, terra boa pra plantar, caça em abundância, sem contar com a beleza exuberante do lugar.


O entardecer com um por do sol de tirar o fôlego, a luz do luar de tirar o sono, fazia a eles um convite a passarem a noite assistindo aquele espetáculo da natureza.
Em meio a tantas coisas boas resolveram ficar por aqui em definitivo.


Assim foram construídas as primeiras casas que eram poucas, duas ou três… Uma onde hoje é a rua Moisés Santos, próximo ao Café Seu Jorge e a outra onde hoje é a rua Santo Antônio, que logo depois passou a ser um pequeno armazém, quando o seu proprietário saía daqui em lombo de animal para fazer compras em Nazaré das Farinhas. Era um tempo sofrido!


Aos poucos a população foi crescendo, nasciam filhos, netos, sem contar com outros aventureiros que aqui chegavam ou mesmo que passavam em busca de um El dourado.


As pessoas que vinham da região ribeirinha do rio Jacutinga ou do sopé da Serra da Jiboia para fazerem as suas compras no único armazém, ao voltarem diziam: “rapou meu bolso!” Daí começaram a chamar Rapa Bolso.


O tempo passou, outras pessoas chegaram e todas a uma só voz diziam: “ Isso aqui é um paraíso!” E era mesmo ! Daí esqueceram o nome Rapa Bolso e agora sim era Paraíso!


Um clima bom, um povo acolhedor e tudo cooperava para o crescimento dessa terra. Até luz elétrica ia chegar. Nesse tempo, Paraíso pertencia ao município de Santa Terezinha. Foi adquirido então um enorme motor a diesel que foi instalado na rua que hoje é a XV de Novembro e o senhor João Surdo era o operador daquela máquina cabulosa. Foram até a mata de Zé Andrade lá na Macuca pra cortar árvores para servir de postes. Finalmente tem energia elétrica em Paraíso!


O tempo passou e um dia quando menos se esperava, algo fenomenal chega ao nosso Paraíso. “Que bicho é aquele?” Cachorro latia, menino corria pro mato, homens e mulheres se espantavam. Mas afinal o que era aquilo? Era um Jipe entrando em nosso Paraíso. O senhor Bilu notável fazendeiro havia comprado um carro e alguém o trouxe até aqui. E agora quem vai dirigir? Quando salta não sei de onde o senhor Mané Cacau o mais improvável dos improváveis, e diz eu dirijo! E não é que dirigiu mesmo. Foi então o primeiro carro e o primeiro motorista.


Numa manhã de terça-feira quando o então estudante Pedro Maia se dirigia para a escola, viu no telhado do sr. Amado algo diferente e perguntou pra alguém o que era aquilo. Pra sua surpresa, seu primo Jorge que era mais sabido e morava aqui na rua lhe responde: “é uma antena de televisão que sr. Amado comprou”. O estudante não se conteve e exclama: “agora tem até televisão em Paraíso, é fim de mundo, gente!”


Um dia lá porém, lá pelos idos de 1960, aparece um doutor por nome Elísio Medrado, trazendo remédio de verme para as crianças e consultando as pessoas. Nesse tempo, Paraíso já tinha forma de cidade e a população clamava por independência.


O doutor Elísio Medrado se destacava com relevantes serviços prestado a esse povo.
Até que no dia 20 de julho de 1962 sob a lei nº 1741, Paraíso passou a chamar-se Elísio Medrado emancipando-se de Santa Terezinha.


Surge então dois candidatos a prefeito, de um lado Artur Costa Gaspari e do outro Ranulfo Souza Bittencourt, com o seguinte slogan: “ Nasce um município para um filho que já existe! Vote em Ranulfo Souza Bittencourt!” E foi eleito! Sendo assim o primeiro prefeito de Elísio Medrado.

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