Polícia

Heliópolis se despede de jovens mortos em ataque à escola

Corpos foram velados nas casas das famílias.

Familiares e amigos se reuniram na tarde deste sábado (19), para se despedir dos jovens Jonathan Gama dos Santos, Fernanda Sousa Gama e Adriele Vitoria Silva Ferreira, após serem mortos em um ataque na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Dom Pedro I, de Heliópolis, no nordeste baiano. Os corpos foram velados nas casas das famílias, sob forte comoção da pequena comunidade de cerca de 12 mil habitantes, acordo com informações da TV Bahia. Ainda não há uma previsão de retorno às atividades, segundo o prefeito do município, José Mendonça Dantas. “Vamos ter uma pausa de uns cinco dias, depois vamos ter todo o trabalho de cuidado com os alunos, os profissionais, os pais, com as famílias envolvidas. Requer um tempo, mas os alunos não podem perder o ano”, informou, ainda emocionado, em entrevista. Mendonça disse, ainda, que não havia reclamação ou alerta sobre o comportamento dos envolvidos na tragédia.

“É uma dor sem limite, porque a gente não esperava de um caso desse. A gente fica até sem palavras”, lamentou o tio de Adriele, uma das vítimas. “Da minha casa deu para ouvir os disparos e os alunos gritando. Acho que choque é pouco para o que a gente está sentindo, porque a gente vê relatos em filmes e outros lugares, mas nunca imaginamos que aconteceria em um lugar pequeno, todo mundo se conhecia, o menino que fez, as vítimas”, contou uma moradora da região.

Ataque

Os jovens foram atingidos por tiros, na tarde da sexta-feira (18), disparados por um colega, de 14 anos, que estava na sala acompanhando uma aula de Artes na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Dom Pedro I. Ele tirou um revólver da mochila e começou a atirar nos colegas. Testemunhas relataram à direção da escola que ele inicialmente não parecia ter um alvo específico, disparando na direção de todos.

Além da professora, nove alunos estavam na sala. “Estavam fazendo atividade e de repente ele sacou a arma da bolsa e começou a atirar para cima, aí começou todo o terror”, contou a diretora Jinelma Maria dos Santos. Parte dos estudantes conseguiu escapar. Três foram baleados e morreram ainda no local. O atirador atirou contra si mesmo ainda na sala de aula e também morreu.

Investigação da origem da arma

As forças de segurança da Bahia estão investigando a origem da arma que foi usada no ataque. A arma usada no crime já foi recolhida pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), durante um procedimento inicial no local do crime. O revólver e as munições passarão por perícia. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) diz que outros itens foram encontrados no local e também foram recolhidos, sem precisar quais são.

Falando à TV Bahia, o delegado Thiago Alves Cunha, à frente do caso, diz que o pai negou saber onde o adolescente conseguiu a arma. “O depoimento do pai é muito sucinto e ele não traz nenhum detalhe específico sobre isso por enquanto. Ele disse não compreender como esse adolescente, filho dele, teve acesso a essa arma”. A arma tem numeração e a polícia está buscando identificar em nome de quem ela está registrada.

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