A Bahia pode se tornar polo produtor de Terras Raras, minerais usados em alta tecnologia.
A júnior companie australiana está iniciando na região de Jequié, numa área de aproximadamente de 1.755,2 km², a primeira fase dos estudos do projeto de terras raras em argila iônica, batizado de Campo Grande, onde pretende investir até agosto cerca 10 milhões de reais, em trabalhos de geologia, geofísica e geoquímica para determinar teores e o tamanho da reserva e sua viabilidade econômica.
A Bahia pode se tornar polo produtor de Terras Raras, minerais usados em alta tecnologia no mundo, essenciais para fabricação de eletrônicos, turbinas eólicas e carros elétricos. Equinox Resources investirá R$ 32 milhões em seu projeto brasileiro para início da pesquisa. A empresa articula parceria com a prefeitura, governo do estado para investir em projetos de infraestrutura e socioambientais para beneficiar a comunidade local e com universidade Federal da Bahia para ampliar o conhecimento sobre a geologia da região de Jequié. A previsão é gerar 500 empregos para moradores da cidade ainda na fase de pesquisa.
A região de Jequié, atraiu a atenção de empresas australianas, capitalizadas na bolsa da Austrália, que estão pesquisando o subsolo baiano, à procura de terras raras, grupo de 17 elementos químicos essenciais para diversas tecnologias que vão impulsionar a transição energética no mundo. Esses elementos químicos não são tão raros como o nome sugere, eles podem ser encontrados na natureza associadas a outros minerais. Na Bahia, as pesquisas são voltadas para argilas iônicas, que contém íons desses elementos químicos em sua composição.
O acesso a reservas viáveis economicamente e o domínio de tecnologia para processamento das terras raras estão no centro de uma disputa geopolítica entre EUA, países da Europa e China, que disputam o controle dessa cadeia de suprimento, essencial para novas tecnologias. O mercado global de terras raras é estimado em cerca de 6 bilhões de dólares por ano, com projeções de crescimento de 10% ao ano, podendo atingir 14 bilhões de dólares até 2028, de acordo com relatório da consultoria Grand View Research.
Esse crescimento é impulsionado pela crescente demanda por tecnologias de energia limpa, eletrônicos de consumo e veículos elétricos, que dependem desses elementos químicos em suas aplicações. A Equinox Resources (ASX:EQN), é uma das empresas australianas que está investindo na busca por terras raras no Brasil, com projetos em Minas Gerais e na Bahia.
A empresa acredita que o país tem condições de suprir a demanda mundial desses elementos químicos. ”O Brasil possui geologia com potencial para reservas de classe internacional, infraestrutura e segurança jurídica. Esse ambiente favorece investimentos como o que pretendemos fazer no país”, avalia Zac Komur, CEO da empresa, que esteve no Brasil para acompanhar os preparativos para o início das pesquisas em Jequié.
A Equinox está otimista com o potencial do projeto Campo Grande, que pode transformar a região em um polo internacional produtor de terras raras, conforme o empreendimento for evoluindo, além de extrair, a empresa pretende verticalizar a produção para agregar valor, separando e processando os elementos de terras raras na Bahia, disse Komur.
Blog Marcos Frahm
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