Governo quer “imposto do pecado” sobre cigarro, álcool e doces, diz Guedes em Davos
A ideia da equipe de Guedes é aproveitar a reforma tributária para fazer a modificação.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (23) que o governo estuda incluir na proposta de reforma tributária um “imposto sobre pecados”, que seria cobrado sobre produtos que prejudicam a saúde, como cigarro, bebidas e armas. A novidade da proposta seria a cobrança do imposto adicional sobre doces, considerados um fator para a obesidade. A ideia da equipe de Guedes é aproveitar a reforma tributária para fazer a modificação.
“Pedi simulações para, dentro da discussão dos impostos seletivos, agrupar o que os acadêmicos chamam de impostos sobre pecados: cigarro, bebida alcoólica e açucarados. Deram esse nome porque, por exemplo, se o cara que fuma muito vai ter câncer de pulmão, tuberculose, enfisema e, lá na frente, vai ter de gastar com o tratamento, entrar no sistema de saúde. Então coloca um imposto sobre o cigarro para ver se as pessoas fumam menos”, disse Guedes em evento no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos.
Tributação sobre doces é uma nova discussão global. O Reino Unido foi um dos países que adotou o imposto sobre produtos com açúcar, em 2018, com amplo apoio da comunidade médica.
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Metro 1/ Foto: Walter Duerst/Fórum Econômico Mundial