Governistas negam anistia e pedem responsabilização de Bolsonaro

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que a denúncia expõe “minuciosamente” as ações desde 2021 para que um golpe acontecesse.

Deputados federais governistas afirmaram que a possibilidade da aprovação de qualquer anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023 caiu por terra após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes.

Os aliados do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também disseram querer ver Bolsonaro responsabilizado e no “banco dos réus”. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o grupo está “estarrecido” com as informações que constam na denúncia e que “ninguém está comemorando”, pois se tem no documento da denúncia “uma das histórias mais tristes do nosso país”. Ao mesmo tempo, elogiou o trabalho de investigação feito pela Polícia Federal (PF) e buscou reforçar que os supostos golpistas chegaram a colocar o plano em execução, com reuniões e entrega de dinheiro para o financiamento de ações. “O 8 de janeiro [de 2023] era a última tentativa de golpe”, prosseguiu Lindbergh. Uma declaração feita pouco antes por parte do presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de que a anistia “não é um assunto dos brasileiros”, também foi elogiada pelo líder do PT na Câmara.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que a denúncia expõe “minuciosamente” as ações desde 2021 para que um golpe acontecesse. Ao seu ver, havia uma “intenção clara” de não deixar Lula voltar a ser presidente do Brasil. Ela declarou que o lugar de supostos golpistas é “no banco dos réus” e negou que o projeto da anistia poderá avançar dentro do Congresso Nacional.

A deputada Talíria Petrone (RJ), líder do PSOL, afirmou não se tratar de “revanche, vingança”, nem de pauta de esquerda ou direita, mas da “defesa da democracia”. Para ela, a gravidade dos fatos apontados na denúncia não podem ser tolerados por ninguém. Ela reforçou que a agenda da anistia agora passa a ser “inaceitável”. Ao longo das falas, alguns parlamentares seguravam plaquinhas com os escritos: “Bolsonaro preso”, “sem anistia”, “democracia sempre mais” e “prisão para os golpistas”. Os governistas encerraram a coletiva gritando “sem anistia”. Mais cedo, os oposicionistas haviam encerrado as falas com gritos de “anistia já”.

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