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Famílias são retiradas de prédio após apartamentos apresentarem rachaduras e infiltrações em Camaçari

A Defesa Civil de Camaçari deu um prazo de 48 horas, que terminou às 17h desta sexta-feira, para que os moradores desocupassem o prédio.

Onze famílias foram desalojadas após um prédio, que fica na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador, ser interditado nesta sexta-feira (17). Segundo a Defesa Civil do município, os apartamentos onde elas moram apresentarem rachaduras e infiltrações.

Do lado de fora do prédio, os moradores tiveram que refazer a canaleta para o escoamento da água. Também é possível ver rachaduras e problemas causados por infiltrações.

Jane Ramos, que ainda tem três anos para quitar o imóvel, monitora rachaduras que apareceram na sala.

“A última marcação foi até feita por um engenheiro da prefeitura. Tem várias marcações e vários deslocamentos”, contou a moradora.

O condomínio tem 28 blocos com 16 apartamentos cada um. As famílias do bloco 27 começaram a morar no local em 2009 e seis anos depois as rachaduras começaram a aparecer. Eles contam que 2018 a situação piorou.

A Defesa Civil de Camaçari deu um prazo de 48 horas, que terminou às 17h desta sexta-feira, para que os moradores desocupassem o prédio.

“O prédio está com iminência de colapso, com problemas estruturais e foi a pedido dos próprios moradores que a Defesa Civil viesse aqui e a gente tem convencido eles que eles têm que sair”, explicou o coordenador da Defesa Civil de Camaçari, Ivanaldo Soares.

Os moradores, no entanto, acreditam que o prazo dado pela Defesa Civil foi curto.

“A gente quer deixar claro que nós não estamos resistindo em sair. Nós queremos sair para que seja feito alguma coisa no nosso prédio, a gente só não tem para onde ir. Elas querem que a gente saia e vai pra onde?”, disse a moradora Daniela Santana.

Em nota, a Caixa Econômica afirmou que realiza estudos técnicos para viabilizar as obras no menor prazo possível e que assim que recebeu o comunicado da Defesa Civil, comunicou aos moradores da necessidade de desocupação dos imóveis.

A Caixa acrescentou que as famílias vão ser realocadas para outras unidades ou receberão auxílio moradia até a conclusão da obra.

Moradores de prédios vizinhos correm o risco de também precisarem deixar os imóveis.

“Se houver, a depender dos estudos, a necessidade, nós vamos pedir que o prédio ao lado também seja esvaziado”, disse Ivanaldo Soares.

Após uma reunião nesta sexta-feira, o prédio foi interditado e as famílias realocadas. Algumas foram alojadas em outros imóveis dentro do mesmo condomínio e outras em outros bairros de Camaçari.

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G1

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