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Restaurante de SP põe placa polêmica na fachada: ‘Não odiamos crianças, é só a sua mesmo’

Para advogado que defende direitos dos menores, os proprietários podem ser investigados por intolerância e estímulo à violência

Um restaurante de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, chamou atenção por colocar na fachada do estabelecimento uma placa com uma frase polêmica contra a presença de crianças: “Não odiamos crianças, é a só a sua mesmo”. O restaurante muda as frases da placa constantemente.

A publicação foi feita pela La Borratxeria nas redes sociais no último sábado (6) e gerou comentários negativos e outros de defesa do estilo de marketing adotado pelo estabelecimento.

Para o advogado especialista em direitos humanos Ariel de Castro Alves, presidente da Comissão de Adoção e de Direito à Convivência Familiar de Crianças e Adolescentes da OAB-SP e membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o restaurante está cometendo incitação à violência contra as crianças.

“É uma estratégia de marketing. Eles criam polêmicas para se promoverem, mas não podem violar direitos fundamentais de crianças e adolescentes, previstos no Estatuto e na Constituição Federal”, explica.

Como o estabelecimento alterna as mensagens com regularidade, a última frase foi veiculada nesta quarta-feira (10). Desta vez, a crítica era endereçada aos “lacradores”, uma indireta a quem opinou negativamente sobre a frase que falava das crianças. A mensagem diz: “Lacradores, se f*** ceis tudo”.

Esta não é a primeira vez que o restaurante divulga frases sobre as crianças na placa. Em outras oportunidades, foram postados os dizeres “Traga seu cão e amarre seu menino no poste” e “Quem gosta de criança é creche”.

Além disso, em outra postagem, o restaurante compartilhou notícia sobre seu espaço kids, uma caixa de papelão em que está escrito: “Temos espaço kids: abandone, digo, deixe aqui seu bebê e coma com vontade”.

Para Castro, violações estão sendo cometidas principalmente com relação ao direito ao respeito, proteção integral, dignidade, convivência familiar e comunitária, “além de crianças sofrerem humilhações, constrangimentos, opressões e situações vexatórias”. 

Ainda segundo o advogado, os proprietários podem ser investigados pela Polícia Civil por intolerância e incitação à violência contra crianças.

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R7

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