Falta de água em tempos de pandemia

A água é insubstituível nas lavagens das mãos, bem com na higienização de objetos e ambientes.

A pandemia de coronavírus (Covi-19) é do conhecimento de todos, desde seu surgimento na China tem se espalhado por diversos países, acometido e vitimado fatalmente todos os dias milhares de pessoas. O fato é: não estamos diante de uma “gripezinha” qualquer!

Conforme orientação dos órgãos competentes sabe-se que é preciso tomar alguns cuidados para prevenir o contagio e a transmissão do vírus, dentre os quais cita-se: Lavar as mãos com água e sabão; uso de álcool em gel; cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir; evitar tocar o rosto com as mãos; evitar aglomerações; manter os ambientes bem ventilados; não compartilhar objetos pessoais; e entre outros. Dessa forma, é notória a importância da água na luta contra a doença, entretanto, em diversas cidades ela não tem chegado às torneiras.

Não é preciso ser especialista para entender que sem água, nesse momento de pandemia, o combate ao coronavírus fica comprometido. A falta de água acarreta graves consequências, não só em respeito ao Covid-19 e sim todas as doenças infectocontagiosas. A água é insubstituível nas lavagens das mãos, bem com na higienização de objetos e ambientes, e vale ressaltar que o acesso ao álcool em gel não é garantido, visto o preço elevado e a indisponibilidade no mercado devido à procura.

Frente à pandemia de Covid-19 a recomendação tem sido a de ficar em casa, entretanto, a falta de água afeta negativamente o isolamento social. A situação é agravada pelo fato de que estando as famílias por mais tempo em casa aumenta-se o consumo da água, e isso obriga as pessoas a recorrerem de varias formas para manter seus lares abastecidos, por muitas vezes fazendo uso de água não tratada podendo assim contrair outras doenças como: diarreias; cólera; hepatite A; amebíase; giardíase; leptospirose; poliomielite; ancilostomíase (amarelão); ascaridíase (lombriga); teníase; cisticercose; esquistossomose e outras.

Essa busca pra suprir a falta gera ainda pelo menos outra problemática, já que a população passa a encher baldes, tanques e outros tipos de depósitos no nível do chão, e como consequência tem-se aumentado o risco da dengue, doença que causa a morte de centenas de pessoas todos os anos.

Odemar Lúcio é Graduando em Serviço Social; Pós-graduando em História e Cultura Afro-Brasileira; Técnico em Enfermagem; Membro da Comissão de Ética de Enfermagem do Hospital Regional de Santo Antonio de Jesus; Membro do Grupo Audiovisual Jovens em Rede; Ativista Social, Colunista, Poeta e Escritor.

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Por Odemar Lúcio

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