Em Lajedinho, governador entrega obras e visita memorial às vítimas do desastre natural de 2013
O governador também visitou o memorial municipal dedicado às 17 vítimas do desastre natural de 2013.
Neste sábado (1º), o governador Jerônimo Rodrigues continuou sua série de visitas pelo interior da Bahia, desta vez no município de Lajedinho, na Chapada Diamantina. Ele inaugurou o Mercado Municipal Antônio Macêdo Góes e o Clube Cultural, além de realizar entregas nas áreas de saúde e educação. O governador também visitou o memorial municipal dedicado às 17 vítimas do desastre natural de 2013.
Construído pela prefeitura, o memorial lista os nomes de todas as vítimas da enxurrada causada pela cheia do rio Saracura. Acompanhado do prefeito Antônio Mário, o governador conheceu o projeto do canal de macrodrenagem, construído pela Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder) para evitar futuras enchentes e desastres como o de 7 de dezembro de 2013, que vitimou 17 pessoas e deixou 600 desabrigadas.
“Lajedinho é um dos menores municípios populacionais da Bahia, e isso mostra como governamos para todos. Se cidades grandes como Salvador, Feira, Itapetinga, Itabuna e Conquista merecem obras e recursos, os pequenos municípios também merecem. Vim aqui hoje para fazer entregas, mas também para ver o canal onde as águas de 2013 causaram tanta destruição. Estamos investindo na primeira etapa, e na segunda etapa faremos mais três pontes e a urbanização da área para lazer”, detalhou o governador.
A obra do canal tem cerca de 600 metros de extensão, feita em alvenaria de pedra, e inclui quatro pontes. A urbanização está prevista. Os gestores discutiram com o engenheiro responsável, Átila Lopes, os detalhes das intervenções.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e a prefeitura colaboraram para a reforma do Mercado Municipal Antônio Macêdo Góes, que foi totalmente reconstruído após a estrutura anterior ser danificada pela enchente. Como parte da padronização e qualificação do centro comercial, foram entregues 40 barracas de feira livre.
A colaboração dos três entes federativos também resultou na inauguração do Clube Municipal Cultural Raimunda Góes de Oliveira, onde serão realizadas atividades culturais, artísticas e esportivas. Juntos, os dois equipamentos receberam um investimento de R$ 1,9 milhão.
As entregas para Lajedinho continuam. A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), entregou equipamentos para apoiar os produtores locais. “Nosso governador tem implementado ações que fortalecem a economia dos municípios por meio da agricultura familiar. Investir na base de produção é crucial. Estamos construindo um frigorífico para suínos e também um ambiente de comercialização. Esses equipamentos facilitam o trabalho dos agricultores familiares”, afirmou Jeandro Ribeiro, diretor da CAR.
Os equipamentos entregues incluem duas retroescavadeiras com implementos, um trator com roçadeira articulada, um trator com implementos agrícolas, duas carretas agrícolas e um kit de irrigação, que fortalecerão as atividades dos agricultores. Adão Almeida, presidente da Associação Comunitária do Cajueiro 1 (ACC), destacou a importância desses equipamentos para a comunidade, que produz milho, abóbora, batata e, principalmente, mandioca.
Além disso, os estudantes que vivem distantes da sede serão transportados com mais conforto e segurança. Foi entregue uma van escolar para atender alunos da zona rural e comunidades afastadas. O veículo faz parte do lote de 54 mini ônibus entregues pela Secretaria da Educação (SEC) em Salvador. A Secretaria da Saúde (Sesab) também entregou uma ambulância.
Em 7 de dezembro de 2013, uma forte chuva causou uma tromba d’água em Lajedinho, resultando na morte de 17 pessoas e deixando 600 desabrigadas devido ao aumento repentino das águas do rio Saracura. Na tragédia, choveu o equivalente a 120 milímetros, e a enxurrada destruiu casas e prédios públicos.
Em 2017, a cidade foi novamente atingida por fortes chuvas, embora menos intensas, que alagaram casas e ruas, deixando 94 famílias desabrigadas, mas sem registro de mortes ou feridos.
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