Em carreata, apoiadores de Bolsonaro pedem fim do isolamento em Salvador

Durante a passagem do grupo pela Avenida Jorge Amado, no Imbuí, houve panelaços e gritos contra o presidente Jair Bolsonaro.  

Cerca de 200 carros participam na manhã deste domingo (10) de uma carreata que pedia o fim do isolamento social em Salvador e também manifestava apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A carreata foi convocada, através das redes sociais, pelo cantor Netinho e teve concentração no Centro Administrativo da Bahia (CAB) e com destino final na Barra. 

O representante comercial Rilton Carneiro chegou ao CAB por volta de 8h e afirmou que foi até o ato para reivindicar o direito de abertura do mercado. “A economia será bastante atingida se não houver uma flexibilização. A gente precisa automaticamente trabalhar, combater a covid e, como o nosso presidente fala, tem que cuidar das duas coisas: da doença e da parte econômica. Não adianta curar da doença e a pessoa adoecer da parte econômica. Infelizmente, a parte econômica é o que mais abrange o cidadão brasileiro, que está em casa preso”, disse ele. 

Apesar de defender o fim do isolamento social e o retorno às atividades, Rilton afirma que tem mantido a rotina de isolamento, como orientam os especialistas e não acha contradição pedir o fim da quarentena. 

“Minha rotina está sendo como informada por todas as autoridades do Ministério da Saúde: o uso de equipamentos de proteção, máscara, álcool em gel, para que não haja o contato. Não me vejo contraditório em uma situação dessa porque alguns países não optaram pelo isolamento e hoje estão atravessando esse momento sem toda essa situação periclitante que estamos passando”, disse o manifestante

O funcionário público aposentado Antônio Cesar destacou que a carreata tem o intuito de seguir o que recomenda o presidente da República. “As pessoas, com segurança, devem voltar ao trabalho. Do jeito que está, o país pode quebrar”, disse ele, que aproveitou para fazer críticas às medidas de isolamento adotadas pelo governador Rui Costa. 

“As pessoas já estão há 30 ou 40 dias sem trabalhar. No meu caso, sou aposentado, graças a Deus, mas também já estou passando um pouco de dificuldade porque estou gastando com gasolina, que não baixa odepreço. Então, vamos colocar o povo para trabalhar”, afirmou.  

Já Eliomar Barbosa, de 57 anos, que é motorista de aplicativo, participou do ato defendendo o fim da corrupção no Brasil. Ele aproveitou ainda para fazer críticas ao Superior Tribunal Federal (STF).

O presidente Bolsonaro pode ter todos os defeitos do mundo, mas uma coisa que ele jamais vai se envolver é corrupção. Isso para mim é essencial e deve ser também por todo o povo brasileiro. Estamos cansados de ser enganados pelo STF, todos eles. Muita gente que está incomodada é porque não está roubando mais”, sentenciou ele. 

Oportunidade
Quem achou na carreata convocada por Netinho uma oportunidade foi o vendedor Pedro Elias, de 42 anos. Ele aproveitou o ato para conseguir uma renda extra e chegou cedo ao CAB para vender máscaras e bandeiras do Brasil.

“Eu sempre estou em todos os movimentos pró-Bolsonaro, já sou conhecido de todo mundo e também sou Bolsonaro de coração. Hoje, eu já vendi para mais de 100 bandeiras”, conta ele. Cada bandeira é vendida por R$ 15, enquanto a máscara sai por R$ 5.

Acompanhados pela Polícia Militar, o comboio deixou o Centro Administrativo por volta de 9h40. Portando bandeiras do Brasil, eles seguiram fazendo uma espécie de ‘buzinaço’ pelo caminho. 

Durante a passagem do grupo pela Avenida Jorge Amado, no Imbuí, houve panelaços e gritos contra o presidente Jair Bolsonaro.  

Os veículos chegaram à Barra, ponto final da carreata, por volta do meio-dia. Através das redes sociais, o cantor Netinho considerou o ato vitorioso e agradeceu aos participantes. “Bolsonaristas de todo o Brasil, nossa carreata pró-Bolsonaro de hoje acabou agora, vitoriosa. Muito obrigado a todos que participaram, nesse domingo de Dias das Mães. Obrigado à Polícia Militar que seguiu toda a nossa carreata e vamos seguir adiante. É mais um ato na nossa luta que não pode parar. Estamos a favor do presidente Bolsonaro, das nossas vidas, nossa liberdade e de um Brasil justo para quem quer trabalhar, para as pessoas de bem. Obrigado, Salvador”, disse ele. (Correios)

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