Deputado diz que considera presidente da Câmara como um ‘irmão’: ‘Se ele tiver dois amigos da Câmara, eu sou um dos dois’
O deputado federal Elmar Nascimento (DEM-BA) comentou o suposto atrito dele com o presidente da Câmara e colega partidário, Rodrigo Maia (DEM), e classificou a informação como “fofoca de alguém incomodado”. Em entrevista a Mário Kertész hoje (21), durante o Jornal da Metrópole no Ar da Rádio Metrópole, o parlamentar disse não há fundamentação em querer afastá-lo do correligionário.
“Acho que tem alguém com dor de cotovelo, tem gente que gosta de futrica e tem jornalista que tem fonte ruim, que gosta de plantar fofoca. Minha relação com Rodrigo é a melhor possível. Uma relação de irmão. A Câmara inteira sabe que, se ele tiver dois amigos da Câmara, eu sou um dos dois. É uma relação muito franca e aberta. A única coisa que não temos é antecipar o processo, que não deve ser tratado agora”, disse Elmar.
Questionado por MK sobre uma possibilidade dele ser candidato à presidência da Câmara dos Deputados no futuro, assumindo o lugar de Maia, Nascimento se esquivou e disse que o próximo candidato precisa angariar votos da oposição. “Sonho só se torna realidade quando é junto de um processo comum. A realidade da Câmara hoje é de uma base que serviu de apoio para eleger Rodrigo. Ela, de certa forma, sofreu uma rachadura quando parte dos partidos passaram a integrar, de forma mais ostensiva, a base do governo. Ficou dividido em, mais ou menos, três blocos informais do mesmo tamanho, que é o bloco mais aproximado ao governo, outro bloco que gira em torno do Rodrigo, que tem Democratas, PSDB, Cidadania, PSL e MDB, algo em torno de 180 deputados”, afirmou o democrata.
“A esquerda, a oposição, tem 133 deputados. Aquele que tiver a capacidade de juntar dois blocos se torna favorito na disputa. Hoje a bola está com a esquerda, a oposição que irá decidir a sucessão da Câmara”, declarou.
No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) terá a palavra sobre a possibilidade de reeleição de Maia ou de David Alcolumbre, presidente do Senado. Segundo Elmar, ainda há uma questão a ser definida entre os ministros em um entendimento conjunto.
“A primeira questão que tem que ser definida é se ele [Maia] pode. Segundo, se ele vai querer. O PTB questionou a possibilidade de reeleição por conta de processo antigo desde a época do senador Antônio Carlos para o ministro Celso de Mello, que se viu impedido. Foi distribuído para o ministro Gilmar Mendes, que não decidiu de forma monocraticamente e encaminhou para ouvir o MP, AGU e a advocacia do Senado e da Câmara para se manifestar. A Câmara tem uma interpretação, o Senado tem outro. Há uma franca campanha do David para que haja a oportunidade dele ser reeleito com base de um parecer da CCJ da época do senador ACM”, disse Elmar Nascimento.
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Metro1/ Foto : Maryanna Oliveira