Disputa por presidência do Senado acende alerta no STF

A eleição para a presidência do Senado, portanto, vai indicar o real poder dos parlamentares aliados ao ex-presidente contra a Corte que abriga um dos principais inimigos do clã, o ministro Alexandre de Moraes.

Mesmo com a provável reeleição de Rodrigo Pacheco (PDT-MG) à presidência do Senado Federal, nesta quarta-feira (1º), a disputa com Rogério Marinho (PL-RN) já acendeu o alerta no Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme informações da coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, integrantes da Corte temem o número de votos conquistados pelo ex-ministro do governo Bolsonaro. Segundo a publicação, ministros do STF avaliam que a quantidade de senadores arregimentada por Marinho vai demonstrar a força da bancada bolsonarista, não só contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas também na ofensiva contra o próprio Supremo.

Vale lembrar que a abertura de uma eventual Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mirando ministros do STF, por exemplo, requer 27 votos. A eleição para a presidência do Senado, portanto, vai indicar o real poder dos parlamentares aliados ao ex-presidente contra a Corte que abriga um dos principais inimigos do clã, o ministro Alexandre de Moraes.

“Se Marinho sair derrotado, mas obtiver mais de 30 votos, os bolsonaristas vão ter uma capacidade muito grande de fazer estrago”, disse um magistrado à coluna, reservadamente. “A questão não é apenas a vitória do Pacheco, mas o placar dela”, pontuou.

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