Na reportagem, Drauzio ouviu o relato de Suzy, uma mulher trans que disse não receber visitas há oito anos.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se posicionou ontem (8) sobre a polêmica envolvendo a reportagem do médico Drauzio Varella sobre a vida de mulheres trans na cadeia, exibida no Fantástico, na Globo, no último domingo (1°). Segundo o ministro, Drauzio e a Globo não têm empatia ou compaixão com as crianças e famílias.
“Você e [Roberto] Marinho não conseguem pedir desculpas! (…) Desejo que vocês terminem no inferno!”, escreveu o ministro, por meio do Twitter.
Na reportagem, Drauzio ouviu o relato de Suzy, uma mulher trans que disse não receber visitas há oito anos. O médico abraçou a detenta no final da entrevista e a cena causou comoção. Ontem, nas redes sociais, começou a circular a informação de que Suzy estaria presa por estuprar e matar uma criança de apenas nove anos. Mesmo sem a confirmação de que ela reponde por esse crime, usuários começaram a pedir boicote à Rede Globo e acusar o médico de apologia ao estupro.
À noite, Drauzio publicou uma nota na qual explica que, em todos os lugares nos quais pratica a medicina, ele não costuma perguntar para seus pacientes se eles fizeram algo de errado. “Sou médico, não juiz”, conclui.
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