Assessoria afirma que número de celular usado em conta fraudulenta não é do senador; Polícia Legislativa investiga o caso.
Criminosos estão usando o nome do senador Otto Alencar (PSD-BA) para tentar aplicar golpes por meio de mensagens via WhatsApp. Além do número de telefone com o DDD 61 (de Brasília), a conta falsa traz uma foto do político e cita uma pessoa denominada “dr. Alberto Dias Bittencourt”. A Polícia Legislativa do Senado investiga o caso.
Segundo a assessoria do senador, na mais nova tentativa, os golpistas enviam pedidos de documentação para a liberação de doações de cestas básicas e peixes congelados a municípios baianos. Entre os alvos estão prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e conselheiros tutelares. Uma das mensagens criminosas promete o envio de “700 kits alimentação/cestas básicas e 1 tonelada de peixe tambaqui congelado” a serem fornecidos pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
“Bom dia, Amigo ! Tudo na paz ? Como vai nosso Município ? Senador Otto Alencar”, inicia o texto com diversos erros ortográficos.
“O Motivo do nosso contato é sobre uma doação das Indústrias e Empresas em Parceria com a CONAB, Tivemos a oportunidade de indicar o Município para ser contemplado, E precisamos que entrem em contato com Dr. Alberto Dias, e repasse a documentação necessária de uma Associação, ONG , Entidade , Sindicato ou Cooperativa para formalizar o material e receber o material”, diz a mensagem fraudulenta.
De acordo com a assessoria de Otto, desde 2020, ele tem sido vítima de constantes ações de falsários.
“Pedimos que fiquem atentos a ligações e mensagens recebidas do número de celular (61) 99843-0299. Reforçamos que este número não pertence ao senador. Alertamos também para que não repassem dados pessoais, informações, contatos de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, prefeituras e não façam depósitos de qualquer espécie”, diz um alerta divulgado pela equipe do parlamentar.
Celular clonado
Em agosto de 2021, Otto Alencar e o senador Angelo Coronel tiveram seus celulares clonados. Em ambos os casos, os invasores iniciaram o ataque por meio do WhatsApp. Usuários assíduos do aplicativo, os dois políticos logo alertaram suas listas de contatos para desconsiderar qualquer mensagem recebida.
À época, Otto afirmou que não descartava se tratar de mais uma ofensiva bolsonarista, já que os dois eram membros, respectivamente, das CPIs da Covid e das Fake News — que apuravam suspeitas de irregularidades no então governo Bolsonaro.
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