Os crimes foram cometidos em três meses, mas propriedades estão sendo invadidas há pelo menos um ano e meio.
O furto e o roubo de animais são problemas antigos e já conhecidos de quem mora na cidade de Sapeaçu, região do Recôncavo do estado. Mas agora, criminosos resolveram abater o gado ainda dentro das fazendas durante as madrugadas. Em seguida, eles fogem com as carnes. Em todas as situações, os donos só tomam conhecimento nas primeiras horas do dia, quando se deparam com os restos mortais. Esse tipo de crime ocorre há mais de um ano e meio. Porém, desde de outubro deste ano, 16 abates foram realizados em três propriedades, uma delas invadida mais de uma vez em 30 dias.
“Chegaram em cavalos e cortam os arames. Depois mataram três bichos meus no mês passado, cada um em um dia. Deixaram as vísceras e as cabeças. Duas vacas estavam para parir e os bezerros (mortos) também foram largados no pasto”, contou Josiel de Amorim Fonseca, dono da Fazenda JBI, situada na localidade conhecida como KM 07, zona rural. Na fuga, os invasores descartaram as armas do crime. “Achei no mato facas e laços para puxar o gado”, relatou.
Geralmente as propriedades estão nos centros rurais e por isso mais isoladas e distantes dos centros urbanos, o que facilita ainda mais a ação dos criminosos. “Prestei queixa na delegacia de Sapeaçu, mas até agora não pegou ninguém”, declarou o fazendeiro, que teve um prejuízo de R$ 15 mil.
O caso mais recente aconteceu no dia 13 deste mês, na Fazenda Bosque, na localidade de Canabrava: sete animais foram abatidos e carnes levadas – apenas as cabeças e o couro ficaram. “O dono é meu vizinho. Ele trabalha com gado de corte e vaca leiteira. Os bois que mataram eram todos de raça, cada um custava em média R$ 15 mil. Pra se ter uma ideia, os animais eram vendidos em leilões que ele mesmo fazia na fazenda”, detalhou Fonseca.
A nota da PC enviada à reportagem, diz respeito apenas ao abate ilegal na Fazenda JBI. “Os policiais da Delegacia Territorial (DT) de Sapeaçu, já identificaram e solicitaram ao judiciário o mandado de prisão dos suspeitos envolvidos no crime, que seguem foragidos, diversas diligências já foram realizadas e oitivas ocorreram na unidade policial”.
Correio
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