Coronel ameaça desobedecer Kassab se PSD integrar base de Bolsonaro

Se eu for forçado pelo partido a votar uma matéria que eu veja que não é do interesse público, pode o partido me expulsar que eu não votarei, disse o senador baiano.

O senador Angelo Coronel (PSD) afirmou que vai se manter na oposição ao governo de Jair Bolsonaro (Sem partido), mesmo com um possível desembarque do seu partido na base governista. Ele citou o presidente da sigla, Gilberto Kassab, que está em negociação com o Planalto para assumir o Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações e os Correios. Em entrevista a Mário Kertész hoje (5), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, Coronel disse que, se for preciso, vai provocar sua expulsão do partido.

“Se Kassab levar a legenda para o Planalto para apoiar o presidente Bolsonaro, aí vai me dar mais vontade de acelerar os trabalhos da CPMI. Não aceito o governo Bolsonaro, não votei nele, torço para que faça uma boa gestão e que o povo brasileiro ganhe os frutos desta boa gestão. Tenho votado propostas favoráveis ao governo, que são propostas que beneficiam a população”, declarou o parlamentar.

“Se Bolsonaro quer montar uma base montando PSD, PL, PP e outros partidos para lhe dar suporte contra um possível impeachment, não vai contar com meu voto. Sou majoritário e majoritário não tem infidelidade partidária caso venha a sair. Se eu for forçado pelo partido a votar uma matéria que eu veja que não é do interesse público, pode o partido me expulsar que eu não votarei”, acrescentou.

Ainda de acordo com Coronel, Bolsonaro tem um projeto de governo similar ao da Venezuela, comandada por Nicolás Maduro. “O modus operandi, a maneira de tratar, com os filhos em interferência marcante no governo e querendo implantar uma ditadura, fechando o STF e o Congresso, é coisa de ditador. Bolsonaro está copiando um retrato da Venezuela, mas ao estilo dele. Você tem que ter um Congresso forte, STF e Judiciário forte para manter a democracia. Os pilares fortes, harmônicos e independentes. Não podemos ter poder submisso e subserviente”, disse o senador.

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Metro1/ Foto : Jane de Araújo/Agência Senado

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