Comércio, Calçada e Campo Grande são apontados como bairros mais perigosos para taxistas
De acordo com porta-voz da categoria, índice de assalto “aumentou muito nos últimos quatro meses”
Os taxistas que atuam em Salvador têm reclamado do crescimento no número de assaltos contra a categoria. De janeiro até a manhã desta segunda-feira (20) foram registrados 236 assaltos. Um aumento de quase 10% quando se compara com os sete primeiros meses de 2019.
Os dados foram divulgados pelo presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Denis Paim. De acordo com ele, nos últimos quatro meses, os crimes têm ocorrido com maior frequência no Centro e em bairros da Cidade Baixa.
Porta-voz da categoria, ele criticou a atuação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), que havia prometido melhorias no combate ao crime contra taxistas desde o ano passado, o que não estaria sendo feito. Uma das reivindicações, além de delegacia especializada, é que os motoristas sejam parados nas blitze durante viagens com passageiros.
“Ficou acordado que seriam abordados, pedindo crachá do taxista, checando o taxista e o passageiro. As pessoas que ficaram a mando do secretário da SSP [Maurício Barbosa] de estar acompanhando todo o processo não estão dando a devida atenção, e a categoria continua desassistida. Senta na mesa para negociar as estrategia, mas não saem do papel”, afirmou.
O presidente da AGT declarou ainda falta investigação efetiva dos crimes cometidos contra a categoria. “Tivemos casos de taxista ser assaltado duas vezes seguidas, na mesma semana. Com a pandemia, aumentou o índice de assalto e a incerteza da impunidade de crimes contra taxistas, porque nenhum deles são investigados. Tem a redução de policiamento na rua e, com isso, assola cada vez mais as dificuldades dos taxistas. Hoje nós temos uma nova modalidade, um casal que está roubando aí há um mês, com uma boneca no colo dizendo que é criança. Quando chega nos bairros aborda o taxista e leva tudo”.
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Bahia.ba/Foto: Divulgação
