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Psicólogo explica como lidar da melhor forma com uma família tóxica

É comum ocorrerem desentendimentos e discussões no cotidiano de uma família, diante do fato de que ela é formada por pessoas com personalidades diferentes e pontos de vista diversos. 

Os conflitos são saudáveis em certa medida, pois o diálogo permite que as desavenças sejam resolvidas, trazendo crescimento pessoal. Porém, quando as brigas são frequentes e múltiplas, existindo abuso, excesso de controle, negligência ou manipulação, a dinâmica do grupo pode revelar a existência de uma família tóxica. Inclusive, para muitas pessoas, é difícil compreender o problema, uma vez que, como é sabido que não podemos escolher nossa própria família, comportamentos de invalidação e violência podem até mesmo serem aceitos, quando praticados no ambiente familiar. “Viver em uma família tóxica acaba produzindo consequências físicas e psicológicas, que vão desde baixa autoestima e ansiedade até a naturalização da agressão física”, afirma Filipe Colombini, psicólogo, orientador parental e fundador da Equipe AT.

O especialista explica que aquilo que começa com comentários depreciativos que, à primeira vista podem ser confundidos com brincadeiras, evolui para uma variedade de agressões morais, psicológicas e até mesmo físicas, caso não sejam impostos os limites necessários para uma relação familiar saudável. “O excesso de julgamentos, comparações e outras formas de invalidar são sinais de alerta para uma relação tóxica dentro da família”, explica o psicólogo.

Muitas vezes, quem pratica esse tipo de violência já vivenciou outras relações tóxicas e, por isso, oode reproduzir esse padrão no núcleo familiar. “O que é notado em famílias tóxicas é um ambiente onde existe pouca sensibilidade em relação ao outro e uma desregulação emocional que, geralmente, advém de um histórico familiar violento e com pouco suporte”, diz Colombini.

Essa forma de relação pode ter consequências graves no convívio diário entre as pessoas, prejudicando o desenvolvimento saudável, podendo acarretar transtornos psiquiátricos. “Por exemplo, na adolescência, quando a personalidade e os padrões de comportamento estão se formando, uma família tóxica costuma afetar o senso de identidade do jovem, prejudicando a autoestima e a capacidade da pessoa de conseguir criar relações fora desse ambiente problemático”, afirma o especialista.

Além de saber impor os próprios limites frente a essa situação, é importante que a família como um todo procure identificar os padrões problemáticos e se concentre para melhorar a relação familiar. “Abandonar condutas tóxicas é um processo complexo, por isso é importante procurar ajuda de profissionais que vão auxiliar a família a se sensibilizar sobre seus próprios problemas para, então, buscar uma mudança”, aconselha o psicólogo. “Treinadores e orientadores familiares, além da própria terapia individual para os membros da família, ajudam a identificar comportamentos tóxicos, atuando para essa mudança de padrão”, conclui Colombini.

Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

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