Com cardiopatia congênita, bebê aguarda regulação há três dias em Feira de Santana para realizar cirurgia de urgência na capital
O que eu necessito agora com urgência é que surja essa vaga. Ela está na UTI, mas agora eu preciso de uma regulação do estado”, informou o pai.
A pequena Alicia Galdino Mascarenhas, de apenas 44 dias, foi diagnosticada na última segunda-feira (29) com cardiopatia congênita e necessita de uma regulação com urgência para um hospital de referência em cirurgia cardíaca em recém-nascidos, em Salvador.
A menina, que nasceu no dia 29 de julho, de parto normal, está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital da Mulher, que já solicitou a vaga à Central de Regulação, mas até o momento não obteve retorno.
O pai de Alicia, Eduardo Galdino da Silva, de 29 anos, é quem está acompanhando a filha no hospital. Morador do bairro Tomba, ele afirmou em entrevista ao Acorda Cidade, que a criança está em situação estável, porém precisa da cirurgia para continuar vivendo.
“O Hospital da Mulher em menos de três dias conseguiu amenizar a situação dela, transferiu para a UTI e está numa situação estável para cirurgia. O que eu necessito agora com urgência é que surja essa vaga. Ela está na UTI, mas agora eu preciso de uma regulação do estado”, informou o pai.
Eduardo Galdino relatou que após o nascimento de Alícia, ele e a mãe da criança permaneceram no hospital por mais alguns dias, para realização de exames, mas a cardiopatia só foi diagnostica 30 dias depois durante consulta com uma pediatra da unidade hospitalar.
“Ela está em estado já avançado. O médico explicou que ela tem um problema nas válvulas que bombeiam o sangue, e o coração não consegue bombear com rapidez para todo o corpo. Ela ficava toda roxa, toda gelada, e o médico disse que é um milagre ela estar viva. Ela foi para casa e passou um mês e alguns dias, e teve a consulta com a pediatra, que notou que a respiração dela estava ofegante demais e marcou a consulta com o cardiologista na última segunda-feira e nesse dia mesmo já ficou internada”, explicou.
A presidente da Fundação Hospitalar, Gilbert Lucas, que administra o Hospital da Mulher, informou que a regulação foi solicitada desde o dia 31 de agosto. A unidade hospitalar vem fazendo o acompanhamento e ministrando as medicações, porém a necessidade é de cirurgia.
“Ele está aguardando vaga em Salvador, pois em Feira de Santana não se faz essa cirurgia no Hospital Estadual da Criança. É de alta complexidade a cirurgia, e ele está aguardando vaga em uma unidade de referência cardíaca para recém-nascido.”
De acordo com Gilbert Lucas, o problema em Alicia foi identificado pelo serviço de cardiologia do hospital, através do teste do coraçãozinho. “Isso pode ser visto após o parto, com alguns dias, até cerca de 40 dias depois da alta. Às vezes, a criança retorna e é feito o ecocardiograma. Então a gente já teve casos, em alguns casos tivemos êxito e em outros casos a criança foi a óbito, por falta da cirurgia cardíaca”.
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Acorda Cidade