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Chico Alencar diz que Witzel repetiu esquemas criminosos de governos do Rio de Janeiro

Ex-deputado diz que carreira política do governador é baseada em mentira: “largou a carreira de juiz para se dedicar à decência da nova política. O que estamos vendo agora?”

O ex-deputado federal e professor Chico Alencar (Psol-RJ) comentou a situação do Rio de Janeiro após mais uma operação contra a corrupção atingir em cheio um governador do estado. Na manhã de hoje (28), o chefe do Executivo do estado, Wilson Witzel (PSC), foi afastado do cargo por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é acusado de irregularidades em contratos na saúde em meio à pandemia de coronavírus. Para Chico Alencar, Witzel surfou na onda da anticorrupção juntamente com o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).

“É uma loucura, uma vergonha total. Mas menos mal que o esquema durou dois anos. Conseguiram iludir a população, Witzel e Bolsonaro fizeram a dobradinha. Juiz justo e capitão sem medo”, disse, em entrevista a Mário Kértesz na manhã desta sexta-feira, durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole.

“É impressionante, acho que tem o elemento também de burrice total. Nem roubar essa gente sem escrúpulos sabe, porque repete os esquemas. Licitações fraudadas, propinas mensais e escritório de advocacia para pegar grana, forjar contratos, armação com a Alerj, um guru evangélico, que passa por todos os governos, aliado do Cunha em Brasília. É impressionante, ainda que já tenha visto tudo isso, fico chocado e pasmo”, declarou.

Na avaliação de Chico Alencar, o problema do Rio de Janeiro não é azar e vem de um passado recheado de corrupção. “Não é uma caveira de burro enterrada em nossa sorte, nada mágico”, disse o ex-deputado.

“O Rio, por ter sido capital federal, ele tinha uma máquina administrativa muito grande e farta. A cidade do Rio, então distrito federal, vivia de ser a capital e o corpo estatal burocrático muito grande e poderoso. Criou-se um vício de máquina pública e, a partir do momento em que se cria o estado da Guanabara, os vícios permanecem. Quando a corte de D. João, passando antes em Salvador, ela foi caracterizada em 1808 como infame, corrupta e depravada, como dizia o Correio Brasiliense. Era editado em Londres, porque se dissesse isso aqui, iria em cana”, afirma Alencar.

Ainda de acordo com o professor, que é pré-candidato a vereador pelo Rio de Janeiro, o voto dado em Witzel foi uma tentativa de livrar o governo de um mar de lama. No entanto, ele avalia que os eleitores foram induzidos ao erro. “O povo quer melhorar. O voto no Witzel, com seu viés autoritário e tiro na cabecinha de quem andar fora da lei, ‘sou o mais honesto do mundo’, foi um voto de tentativa de recuperar o Rio. Um voto enganado, enganoso, iludido e fruto de uma mentira muito bem contada na aliança Wizel-Jair-Flávio Bolsonaro. Foi um fenômeno eleitoral impressionante. Ninguém conhecia esse Witzel. Disse que largou a carreira de juiz para se dedicar à decência da nova política. O que estamos vendo agora? Ele apenas repetiu o esquema Cabral, que é parecido com o esquema Garotinho. Talvez seja o estado que tenha o título mundial de governadores e ex-governadores presos”, ironizou.

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Metro1/ Foto : Metropress

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