Giro de Notícias

Casos de febre amarela levam cidade mineira a vacinar de porta a porta

A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as unidades básicas de saúde de Minas.

Uma nova contaminação por febre amarela foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SEE-MG) na última sexta-feira (14/2). O paciente, de 69 anos, é morador de Extrema, no Sul de Minas. Esse é o segundo caso da doença registrado na cidade no atual período sazonal da doença, que vai de junho de 2024 até julho de 2025.

Para lidar com o aumento dos casos, o secretário de saúde do município, André Borges, enfatiza que medidas como a vacinação porta a porta estão sendo tomadas. Neste sábado (22/2), o chefe da pasta prevê ainda uma ação de combate à febre amarela com foco no trabalho dos agentes de endemias e da atenção primária. 

“Dentro da região onde o paciente circulou, a gente está fazendo um porta a porta. Batendo em todas as casas e verificando os cartões de vacina, vendo quem já tomou e quem não tomou. Então, a prioridade hoje é vacinar o maior número de pessoas possíveis para que todos eles estejam protegidos”, afirma Borges. Conforme o chefe da pasta, apenas nos últimos 15 dias, o município já aplicou cerca de 3,5 mil doses. Borges ressalta a intenção de ampliar ainda mais a aplicação do imunizante nos próximos dias, com a intenção de atingir os 95% de cobertura vacinal preconizados pelo Ministério de Saúde. 

Outra medida adotada pelo município é a ampliação do horário de vacinação nos postos de saúde até as 21h. Com o mutirão de combate à febre amarela neste sábado, o município prevê a realização de duas ações paralelas: a vacinação porta a porta e a visita às casas para verificar a existência de focos dos mosquitos transmissores. A ação deve seguir até as 19h. A febre amarela é uma doença viral transmitida por meio da picada de mosquito, sendo no seu ciclo silvestre pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes e, no urbano – não detectado desde 1942 – pelo Aedes aegypti, que provoca também a dengue, a zika e a chikungunya. 

No período sazonal atual da febre amarela, Minas Gerais já registrou três casos da doença, sendo que um deles resultou em morte. Todos os casos foram registrados na região Sul de Minas Gerais, sendo dois em Extrema e um em Camanducaia. 

Em Extrema, um paciente de 21 anos, morador de Bragança Paulista, morreu em decorrência da doença. De acordo com o chefe da pasta da saúde, o jovem trabalhava na cidade do Sul de Minas quando passou mal e iniciou o atendimento em um hospital da cidade. O local provável de infecção (LPI) segue em investigação pelos Estados de Minas Gerais e São Paulo.

O outro caso em Extrema foi confirmado nessa sexta-feira (14/2) e, apesar de ter apresentado um quadro grave da doença, o chefe da pasta da saúde do município afirma que o paciente, de 69 anos, apresentou melhora nos sintomas e não corre mais risco de vida. 

Um homem, de 65 anos, morador de Camanducaia, no Sul de Minas, teve a contaminação para febre amarela confirmada no dia 7 de janeiro. O idoso começou a apresentar sintomas em 21 de dezembro e a suspeita é que a contaminação tenha acontecido no sítio do paciente. 

Ainda em 2025, a pasta da saúde confirmou também dois casos de febre amarela em macacos nos municípios de Toledo e Poços de Caldas, os dois no Sul de Minas. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, a vigilância epidemiológica foi reforçada, principalmente no Sul do estado. “As equipes da SES-MG adotaram ainda estratégias como busca ativa de não vacinados, capacitação de profissionais para identificação de casos e campanhas de conscientização”, reforça a pasta em nota.

Para o Secretário de Saúde de Extrema, André Borges, apesar da doença apresentar poucos casos, o cenário preocupa por ser uma enfermidade prevenível por vacina que já poderia estar extinta. “A gente se preocupa por ser uma doença que a gente, há muito tempo, já considerava que ela estaria extinta, mas vem se apresentando de certa forma meio rotineira nos últimos anos. E Extremo é uma região que tem muita mata. Então assim, a gente aqui é cercado por serras, matas fechadas, então preocupa, porque se isso se alastrar, a gente pode ter um número maior de pessoas infectadas. E é uma doença que traz risco de vida. A gente precisa muito aumentar essa cobertura vacinal. Já que a forma mais eficaz da gente combater a doença é as pessoas estarem imunizadas.”

O imunizante para a febre amarela está disponível em todas as unidades básicas de saúde do estado. De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, o esquema vacinal em crianças menores de cinco anos de idade compreende duas doses, sendo a primeira dose aos nove meses de vida e uma dose de reforço aos 4 anos de idade. 

Para as pessoas entre 5 e 59 anos de idade, que não foram vacinadas, a recomendação da pasta é a administração de uma dose única. Caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose do imunizante antes de completar 5 anos, a indicação é que uma dose de reforço seja administrada, independente da idade atual. 

De acordo com a Secretaria de Saúde, as pessoas com 60 anos ou mais poderão ser vacinadas depois de uma avaliação das condições de saúde e existência de possíveis contra indicações à vacinação. 

Participe na produção de pautas e matérias com sugestões e flagrantes enviando em nosso WhatsApp no 075999580723.

Siga o Recôncavo no Ar nas redes sociais e fique por dentro de todas as informações e transmissões ao vivo na nossa página oficial.

Facebook e Instagram

VISITE A MELYDEI MODAS EM ELÍSIO MEDRADO

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo