“Ha um semntimento de mudança latente na sociedade, pelo cansaço de 16 anos do PT no poder local, uma nítida fadiga de material, e o sentimento popular é em função da pessoa do ACM Neto, da sua figura pessoal de político”, afirma Jutahy, conhecido como um dos melhores analistas de cenários políticos do país.
O que chama de apelo para o voto na figura pessoal de ACM Neto (União Brasil) e um sentimento latente de mudança na sociedade baiana levam o ex-deputado e ex-ministro Jutahy Magalhães Jr. (PSDB) a comparar a campanha de agora àquela que levou à vitória de Waldir Pires ao governo da Bahia em 1986, da qual participou.
“Ha um semntimento de mudança latente na sociedade, pelo cansaço de 16 anos do PT no poder local, uma nítida fadiga de material, e o sentimento popular é em função da pessoa do ACM Neto, da sua figura pessoal de político”, afirma Jutahy, conhecido como um dos melhores analistas de cenários políticos do país.
Ele diz que a força do candidato provém basicamente de dois pilares, mas especialmente do êxito de sua gestão como prefeito de Salvador. Em contrapartida, Jutahy avalia que a campanha de agora se distancia muito daquela que marcou a eleição de Jaques Wagner a governador, em 2006.
Naquele período, ele recorda, também existia um sentimento de mudança decorrente do cansaço com o carlismo, mas o movimento que levou à vitória não foi da força pessoal do candidato petista e sim proporcionado pelo poder de transferência de votos do ex-presidente Lula.
Ele vê também uma semelhança entre o momento de agora e outra campanha – a que marcou a eleição de Paulo Souto, em 2002, quando Lula era candidato à Presidência da República e apoiou Wagner, mas não teve força suficiente para eleger o petista na Bahia.
Outro ponto que ele aponto como parecido com a vitória de Waldir é a fissura na base do governo, marcado no caso de agora pela mudança de rota de quadros governistas para apoiar Neto, como o deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) e o cacique do PP João Leão.
“Mesmo sabendo que Jerônimo crescerá com o apoio de Lula o ponto indicial do candidato é muito baixo. É inegável que Lula é o fermento para o candidato do PT, mas para funcionar (o fermento) tem que ter massa”, analisa o ex-ministro da Ação Social.
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