Acidente aconteceu na noite de domingo (7), na BR-324, no trecho da cidade do São José do Jacuípe e deixou homens, mulheres, gestante, crianças e adolescentes mortos.
O coordenador da Brigada Anjos Jacuipenses, Lucival Souza, que atuou no resgate das vítimas da batida entre um ônibus de turismo e um caminhão que terminou com mais de 20 pessoas mortas e cinco feridas na Bahia, definiu o acidente como “situação de guerra”.
Inicialmente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que 25 pessoas morreram no acidente. Porém, depois a PRF e o Instituto Médico Legal (IML) confirmaram 24 mortes. Dos mortos, três estavam no caminhão e o restante no ônibus.
O acidente aconteceu por volta das 23h30, no km 381 da BR-324, em trecho da cidade de São José do Jacuípe. Entre as vítimas estão homens, mulheres, gestante, crianças e adolescentes.
De acordo com Lucival Souza, o ônibus estava partido ao meio e as vítimas estavam umas em cima das outras. Algumas delas estavam vivas, mas presas às ferragens.
“Sobrou pouca coisa do ônibus, a metade foi destruída. Então, as 30 vítimas estavam em cima da outra, em um espaço pequeno. Então a gente conseguia ver gemidos, conseguia ver pessoas pedindo para tirar o peso de cima delas”, relatou.
‘Situação de guerra’
O brigadista informou ainda que as equipes só saíram do local do acidente após uma varredura em toda área de matagal próxima ao acidente. Uma gestante foi encontrada morta embaixo do caminhão.
“Foi uma situação de guerra, uma situação muito feia. A gente teve que colocar ali 24 pessoas mortas, um ao lado da outra, e cobrir. Foi muito triste para a gente que atua no resgate, a gente sempre vai na intenção de pegar as pessoas machucadas, doentes, e levar para o hospital”, lamentou.
“Quando a gente chega no local e encontra óbito, a gente fica destruído. Principalmente por se tratar de pessoas do bem, né? Pessoas que estavam ali passeando, grávidas, adolescentes, crianças, pessoas do bem”.
Lucival Souza definiu o acidente como a maior tragédia já registrada pela Brigada Anjos Jacuipenses, na região, em 17 anos de atuação.
“Foi uma das maiores tragédias que aconteceram em nossa região. A gente pede a Deus que dê forças aos familiares, aos amigos dessas vítimas, parabenizamos a equipe que atuou na remoção das vítimas e pedimos a Deus que consiga saúde para as pessoas que ainda estão vivas”, afirmou.
O resgate
Segundo Lucival Souza, por causa da escuridão, os brigadistas não sabiam quantas vítimas tinham no acidente.
“A bateria [do ônibus] ia pegar fogo, a gente teve que fazer esse trabalho remover, foi uma questão de cinco, seis vítimas no mesmo local, como se tivesse no mesmo banco, porque não sobrou quase nada do ônibus”, contou.
Os brigadistas precisaram cortar a lateral do veículo para retirar as vítimas e fazer os primeiros atendimentos médicos.
“Olhamos se as vítimas ainda tinham pulso e priorizamos as que ainda tinham. Depois removemos os que infelizmente já estavam em óbito”.
G1 Bahia
Acompanhe mais notícias do site aqui.
Siga o Recôncavo no Ar nas redes sociais e fique por dentro de todas as informações e transmissões ao vivo na nossa página oficial