Brasil não quer “prestar continência” aos EUA, diz Rússia
O chefe da diplomacia russa declarou que Moscou quer obter garantias de segurança que serão mutuas tanto para a Rússia como para a Ucrânia e para toda a Europa.
O mundo unipolar não vai ser uma aldeia global, mas uma aldeia americana, disse o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, em entrevista ao canal russo RT nesta sexta-feira.
“Mas há países que não concordam com uma aldeia global com um xerife americano, estando a China, o Brasil, a Rússia, India e o México entre os que não querem ser obrigados a prestar continência”, afirmou.
O chefe da diplomacia russa declarou que Moscou quer obter garantias de segurança que serão mutuas tanto para a Rússia como para a Ucrânia e para toda a Europa.
“O objetivo da operação é proteger a população civil, que tem sido constantemente morta e atacada há oito anos. A meta de desmilitarização da Ucrânia é para que tal ameaça não provenha do território ucraniano, bem como para obtenção de garantias de segurança que se basearão no princípio da segurança comum indivisível para Ucrânia, para Rússia e para todos os países europeus. É o que nós temos proposto há muitos anos”, disse Lavrov.
Lavrov classificou a situação atual nas relações entre a Rússia e a Ucrânia como anômala, manifestando a esperança de que esta conjuntura “acabe gradualmente”.
“Espero que quando esta situação anômala acabar, tudo vai voltar gradualmente ao normal. [Mas] com esforços dos nossos colegas ocidentais, isso não pode ser feito rapidamente. Eles tentaram fazer da Ucrânia uma anti-Rússia, usando diferentes ferramentas”, detalhou, acrescentando que ele está certo “de que a proximidade histórica dos dois povos irmãos prevalecerá”.
Em 2017, durante a pré-campanha eleitoral, o então candidato a presidência do Brasil, Jair Bolsonaro prestou continência a bandeira americana em um evento na Flórida. O vídeo produziu pelo The Intercept Brasil está postado na página do Facebook do Bolsonaro, você pode assistir ao vídeo clicando aqui ou ler a reportagem clicando aqui.
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CMA/Foto: Facebook
